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A NFL, principal liga de futebol americano dos Estados Unidos, conta com um dos melhores sistemas de árbitro de vídeo, o “VAR”, do mundo. Mas esse título é resultado de uma trajetória de aperfeiçoamento da ferramenta ao longo de quase 50 anos.
Com o jogo da NFL no Brasil, que acontece no dia 5 de setembro, na Neo Química Arena, em São Paulo, os fãs do esporte ficam interessados em saber mais sobre as dinâmicas de arbitragem da partida. Na disputa em solo brasileiro, o mandante será o Los Angeles Chargers, que enfrenta o rival de divisão Kansas City Chiefs.
Ainda que possuam o mesmo princípio, os recursos utilizados no VAR da NFL e de partidas de futebol comuns apresentam diversas diferenças. A liga de futebol americano, por exemplo, registrou as primeiras tentativas de instalar um sistema do tipo em 1978 e o tornou obrigatório em 2007, enquanto a FIFA começou a implementar o árbitro em vídeo apenas em 2016.
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Chamado de Instant Replay, o sistema de VAR da NFL utiliza um conjunto de câmeras altamente avançadas da Sony para captar movimentos com alta precisão. Recentemente, a ferramenta também é conhecida pelo nome da principal tecnologia por trás das revisões: a Hawkeye.
Outros esportes como tênis, futebol e basquete também usam a tecnologia em suas partidas.
Como funciona o VAR da NFL?
São sete árbitros em campo na partida da NFL, cada um responsável por analisar um elemento específico do jogo. Isso é necessário porque o esporte demanda 11 jogadores em cada lado do campo, que se movimentam muito e simultaneamente ao longo das partidas.
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Todos os árbitros podem marcar faltas, mas algumas são revisadas automaticamente pela equipe de replay, como touchdowns, turnovers, falhas dentro das quatro descidas de avanço e qualquer jogada que aconteça dentro dos últimos dois minutos de um período de dois tempos — o que é chamado de “2-minute warning”. Algumas dessas podem ser desafiadas pelos técnicos das equipes.
Para manter a ordem das partidas e ajudar a entender as faltas e pontos marcados, Mark Butterworth, Vice-Presidente do Departamento de Replay da NFL, contou em entrevista ao Canaltech, que há uma central de replays da NFL, com analistas que não estão presentes no jogo. Ela fica sediada em Manhattan, Nova York. A equipe de replay dá o voto final das marcações.
Ele explicou que o processo de revisão demanda cerca de 40 pessoas: “Em uma típica janela de jogos de uma tarde de domingo, acontecem de nove a dez partidas simultaneamente. Nesse período, temos três pessoas que tomam essas decisões e um supervisor para cada uma, totalizando uma equipe de seis. Cada time tem seu próprio assistente de replay e, para cada grupo de jogos, há um supervisor e outra pessoa para tomar as decisões. Já nos bastidores, temos especialistas da NFL e outros dedicados à tecnologia Hawkeye, além de oficiais que ajudam a coordenar a comunicação com as emissoras. ”
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O número de câmeras utilizadas varia de acordo com a emissora que está transmitindo a partida e a expectativa de audiência para aquele jogo, mas há geralmente 12 câmeras fixas em cada estádio. “Elas ficam posicionadas nas linhas [que marcam as jardas] e podem ser utilizadas tanto pelos árbitros quanto pela equipe de replay em Nova York” contou Butterworth ao Canaltech.
Além disso, as bolas possuem um chip para mapear sua rota em um lance, com análise em menos de um minuto.
Butterworth revelou que a NFL está estudando formas de incorporar inteligência artificial como assistente em revisões de jogadas. Caso funcione, a expectativa é reduzir o tempo de revisão que leva, em média, 1 minuto e 20 segundos para menos de 30 segundos.
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A temporada 2025/26 da NFL contará ainda com uma assistência de replays maior, melhorando o ritmo das jogadas. O vice presidente ainda lembra que a aplicação das tecnologias serão realizadas fora dos EUA, o que inclui a partida da NFL em São Paulo.