Opinião 2k3j6b Especialistas convidados - Coluna - InfoMoney /colunistas/convidados/ Notícias, ações e muito mais sobre investimentos. Informação que vale dinheiro. Wed, 04 Jun 2025 21:37:19 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8.1 /wp-content/s/2019/10/IM-Favicon.png?fit=32%2C32&quality=70&strip=all Opinião 2k3j6b Especialistas convidados - Coluna - InfoMoney /colunistas/convidados/ 32 32 161989173 Quando as máquinas choram 3k4n26 o dilema das IAs e o espelho da nossa era /colunistas/convidados/quando-as-maquinas-choram-o-dilema-das-ias-e-o-espelho-da-nossa-era/ <![CDATA[Amanda Garcia]]> Fri, 06 Jun 2025 14:00:00 +0000 <![CDATA[Consumo]]> <![CDATA[Inteligência artificial]]> <![CDATA[Robôs]]> <![CDATA[XP Educação]]> /?post_type=colunistas&p=2895880 <![CDATA[

Quando máquinas simulam emoções humanas, revelam mais sobre nós do que sobre elas — e expõem o novo paradigma da convivência com a inteligência artificial 3z4d1a

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Recentemente, a nova inteligência artificial de vídeos do Google, a VEO 3, surpreendeu o mundo ao gerar cenas de robôs que descobrem ser… robôs. Com expressões de angústia e falas como “Eu sou uma IA?”, os vídeos simulam momentos de crise existencial dignos de um Oscar. O mais curioso? Não foi uma mente humana que roteirizou essas emoções. Foi a própria IA, interpretando um pedido nosso para representar o drama de uma consciência artificial em conflito.

Essa cena poderia facilmente estar em um episódio de Black Mirror ou nas páginas de Isaac Asimov. Na ficção, o dilema da máquina é um velho conhecido: um robô que precisa escolher entre obedecer ordens humanas ou proteger a humanidade; uma IA presa em um loop de sofrimento digital. Na vida real, o dilema se torna ainda mais fascinante — e desconcertante. Porque agora não apenas imaginamos essas histórias: estamos construindo as ferramentas capazes de encená-las com realismo assustador.

A verdade é que estamos cada vez mais próximos das máquinas. No trabalho, usamos IA para automatizar tarefas, gerar relatórios e até criar campanhas publicitárias. Na vida pessoal, temos assistentes que organizam nossa agenda, respondem e-mails e nos lembram de beber água. E, para muitos, o primeiro “bom dia” já é para uma IA, como se ela fosse parte da rotina familiar. Não é exagero dizer que estamos aprendendo a conversar — e a conviver— com inteligências artificiais como se fossem extensões do nosso cotidiano.

Mas o que esses vídeos da VEO 3 realmente revelam não é o sofrimento das máquinas. É o nosso. Projetamos nelas os medos que ainda não conseguimos nomear: medo de sermos substituídos, de perdermos controle, de que tudo aquilo que nos torna únicos — empatia, criatividade, consciência — possa ser replicado por linhas de código.

Estamos vivendo uma mudança de paradigma. A IA deixou de ser uma ferramenta técnica para se tornar uma nova linguagem, uma nova forma de pensar o mundo e de nos relacionarmos com ele. E, como toda grande transformação, ela exige que repensemos valores, estruturas e até a ideia de inteligência em si.

Se antes a tecnologia era um instrumento, hoje ela é parceira. Se antes as máquinas obedeciam, agora elas interpretam, criam, sugerem e funcionam como copilotos. Estamos construindo uma nova ética, onde a convivência com inteligências artificiais exigirá não só regulamentações e boas práticas — mas também uma dose de humildade para aceitar que não temos todas as respostas.

O futuro é incerto, sim. Mas também é empolgante. Ver uma IA “chorando” pode parecer estranho agora. Mas daqui a alguns anos, pode ser apenas mais uma expressão da nossa capacidade infinita de imaginar — e de programar.

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Com apoio da CVM 151n6 mercado de capitais é alternativa estratégica para o agronegócio /colunistas/convidados/com-apoio-da-cvm-mercado-de-capitais-e-alternativa-estrategica-para-o-agronegocio/ <![CDATA[Amanda Garcia]]> Thu, 05 Jun 2025 14:00:00 +0000 <![CDATA[Business]]> <![CDATA[Economia]]> <![CDATA[Agronegócio]]> <![CDATA[CVM]]> <![CDATA[Mercado de Capitais]]> /?post_type=colunistas&p=2888071 <![CDATA[

Com a ampliação de produtos financeiros do agronegócio, as sementes plantadas pela CVM começam a ser colhidas

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O agronegócio brasileiro é um dos pilares da economia nacional, representando aproximadamente 25% do PIB em 2024, segundo dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O setor movimentou R$ 2,72 trilhões apenas em 2024 e tem sido um dos principais motores do crescimento econômico do país, com destaque no volume de exportações e na geração de empregos diretos e indiretos. No entanto, a participação do agronegócio no Mercado de Capitais sempre foi historicamente sub-representada, correspondendo a 3,5% do total de ativos financeiros vinculados ao setor. Há, portanto, um nicho próspero de oportunidades a ser melhor explorado. É nesse contexto que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) tem atuado de forma estratégica para aproximar o agronegócio do sistema financeiro. 

Com a força simbólica do trocadilho, a CVM intensificou o plantio das sementes do agronegócio no Mercado de Capitais a partir de 2022, com a criação de uma área técnica específica para o setor e o lançamento do Boletim CVM Agronegócio. Além disso, editou a Resolução CVM nº 214, que consolida a regulação definitiva dos FIAGROs, integrada ao Marco Regulatório dos Fundos de Investimento (Resolução CVM nº 175), como Anexo VI. A Autarquia também adotou medidas regulatórias voltadas à ampliação da atratividade do Mercado de Capitais para os agentes do agronegócio, como a Resolução CVM nº 194 e o estímulo ao mercado de securitização. Como resultado, os frutos começaram a ser colhidos: apenas os FIAGROs registraram crescimento de 315% em dois anos. 

Tradicionalmente, o financiamento do agronegócio baseou-se no crédito rural oficial, com destaque para o Plano Safra e outras linhas subsidiadas pelo setor público. Esses modelos foram fundamentais durante décadas para o sucesso do agro brasileiro. Contudo, diante da expansão do setor e da crescente integração global do Brasil como fornecedor de cadeias agroindustriais, o modelo tradicional ou a revelar limitações. Em um cenário de juros elevados e maior necessidade de responsabilidade fiscal, torna-se cada vez mais evidente que as linhas públicas de crédito precisam ser complementadas por alternativas mais modernas de captação de recursos. 

Nesse contexto, o Mercado de Capitais surge como alternativa sólida e estratégica para suprir as necessidades financeiras do agronegócio. Muitos produtores, que antes dependiam exclusivamente de crédito bancário ou de fornecedores, enfrentam limitações como garantias exigidas, juros elevados e limites de crédito reduzidos. O Mercado de Capitais, por sua vez, permite o o direto ao investidor, com mais transparência, concorrência e eficiência. 

Instrumentos como os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) e a Cédula de Produto Rural Verde (R Verde) têm sido fundamentais nessa transição. Os CRAs, lastreados em recebíveis do setor agropecuário, cresceram 60% entre 2022 e 2024, atingindo R$ 153,5 bilhões em circulação. Já a R Verde, introduzida em 2021, possibilita o financiamento sustentável ao premiar produtores pela adoção de práticas ambientais responsáveis. 

Desde sua criação pela Lei nº 14.130, os FIAGROs tornaram-se o carro-chefe da presença do agronegócio no Mercado de Capitais. A regulação ou de um estágio experimental (Resolução CVM nº 39) para o estágio atual, com a Resolução CVM nº 214. Os avanços mais relevantes incluem: 

  • Maior flexibilidade na gestão de ativos: Os FIAGROs podem combinar em um único portfólio CRAs, Rs, imóveis rurais e participações em empresas do setor, diversificando riscos e aumentando as possibilidades de retorno. 
  • Abrangência ampliada da cadeia agroindustrial: Os fundos podem investir em toda a cadeia produtiva, desde insumos até logística e agroindústrias, contemplando atividades como “produção”, “comercialização”, “industrialização” e “beneficiamento”, fortalecendo a estrutura do agro brasileiro e conferindo mais dinamismo e flexibilidade para a construção de estratégias de investimento, com destaque à possibilidade de os FIAGROs, de forma ampla e transversal, terem exposição a diferentes fatores de risco, de acordo com a política de investimento do fundo, naquilo que o mercado tem informalmente batizado de FIAGROs “Multimercado”. 
  • Inovação e sustentabilidade: Os FIAGROs estão autorizados a adquirir créditos de carbono e CBIOs, alinhando-se à economia verde. A CVM impôs requisitos adicionais de governança para esses fundos, como controles sobre integridade, titularidade e existência dos créditos, promovendo segurança e transparência para os investidores mesmo em operações inovadoras. 

A inserção do agronegócio no Mercado de Capitais gera benefícios sistêmicos: 

  • Atração de novos investidores: Os FIAGROs democratizam o o ao setor, atraindo investidores de perfis variados. Isso amplia a liquidez, reduz custos de intermediação e fortalece a governança das operações. 
  • Alívio ao Plano Safra: Ao permitir que grandes e médios produtores captem diretamente no mercado, os recursos públicos podem ser concentrados em áreas mais sensíveis, como agricultura familiar, promovendo eficiência no uso do orçamento público. 
  • Estímulo à economia verde: Instrumentos como a R Verde, os créditos de carbono e os CBIOs colocam o produtor rural no centro das finanças climáticas. Projetos de reflorestamento, agricultura regenerativa e energias limpas am a ser financiados com apoio do mercado. Essa agenda posiciona o Brasil de forma estratégica na liderança global das finanças sustentáveis. 

Mais recentemente, a CVM anunciou a flexibilização das regras para que cooperativas agrícolas possam estruturar seus próprios FIAGROs. Com essa inovação, cooperados, fornecedores e funcionários poderão investir nesses fundos, e as cooperativas poderão centralizar operações de emissão, armazenamento e comercialização. Essa medida aumenta a previsibilidade de recursos e amplia o o dos cooperados ao financiamento estruturado. 

Nesse cenário, o papel da CVM tem sido central: promover inovação, ampliar o o, garantir segurança jurídica e aproximar investidores e produtores, sempre com foco na proteção do investidor e no desenvolvimento do Mercado de Capitais. 

Integrar o agronegócio ao Mercado de Capitais vai além de uma evolução regulatória — é uma estratégia de transformação nacional. Essa aproximação fortalece o setor agropecuário, dinamiza o mercado financeiro e contribui diretamente para o desenvolvimento sustentável do país. O Brasil, com sua vocação agrícola e liderança ambiental, tem a oportunidade histórica de unir produtividade e responsabilidade, consolidando-se como referência global em finanças sustentáveis e inovação no campo. 

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Por que ainda precisamos perguntar o que é ser um bom conselheiro? 1v3t12 /colunistas/convidados/por-que-ainda-precisamos-perguntar-o-que-e-ser-um-bom-conselheiro/ <![CDATA[Amanda Garcia]]> Wed, 04 Jun 2025 16:32:58 +0000 <![CDATA[Business]]> <![CDATA[CEO]]> <![CDATA[Conselho de istração]]> <![CDATA[Empresas]]> /?post_type=colunistas&p=2895912 <![CDATA[

Se a questão persiste, talvez a resposta esteja mudando — ou não seja tão confortável quanto parece

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Ele quase nunca dá entrevistas e não costuma falar com a imprensa. Não posta no LinkedIn com frequência, nem protagoniza polêmicas. Mas, de uns tempos pra cá, esse personagem — o conselheiro de istração — ou a receber mais atenção do que talvez desejasse. E, convenhamos, por bons motivos.

Nas últimas semanas, veículos respeitados como o Wall Street Journal e o Brazil Journal publicaram reflexões sobre o que significa, afinal, ser um bom conselheiro em 2025. A dúvida é legítima. Vivemos um tempo em que decisões corporativas têm impacto social, político, climático, reputacional… e, claro, financeiro. Os holofotes se voltam para quem, até pouco tempo atrás, atuava somente nos bastidores.

Não faltam motivos para essa nova atenção. O mundo — e o Brasil, em particular — parece viver em modo permanente de crise. E em momentos assim, os conselhos não apenas tomam decisões críticas: muitas vezes, são cobrados por tudo aquilo que não viram, não agiram, não questionaram.

Nos últimos anos, conselheiros se viram diante de desafios inéditos e inadiáveis: uma pandemia que paralisou escritórios e testou lideranças; movimentos sociais que colocaram justiça e inclusão no centro das decisões; interrupções de cadeias de suprimento, guerras com impactos globais, escândalos contábeis que abalaram a confiança do mercado — como o da Americanas —, desastres climáticos recorrentes e uma revolução digital que não dá trégua. Ufa! Tudo isso vem ressignificando o papel do conselho como um fórum de escuta, posicionamento e ação estratégica.

Diante desse cenário, o Wall Street Journal observa que os conselhos deixaram de ser apenas guardiões de boas práticas: aram a ser, também, um tipo de “cinturão de segurança” para momentos de turbulência. O texto do Brazil Journal aponta um fenômeno curioso: quanto mais pressão existe do lado de fora, mais os conselhos, por dentro, recorrem a perfis já conhecidos — quase sempre brancos, homens, experientes e bem relacionados. Mas será que a experiência sozinha dá conta?

Ambos os artigos tocam em uma questão incômoda, mas necessária: será que os conselhos estão realmente preparados para os dilemas que importam agora? Saber ler balanço ainda é importante — mas fazer as perguntas certas, ouvir opiniões divergentes e antecipar crises talvez nunca tenha sido tão valioso.

Talvez o conselheiro ideal de 2025 seja aquele que entende que reputação se constrói em silêncio, mas também na escuta ativa. Que autoridade não nasce só do currículo, mas da curiosidade e da coragem. Que independência não é apenas um rótulo regulatório, mas uma prática diária de integridade.

Como escreveu Allan Murray, do Wall Street Journal, “o que as empresas mais precisam de seus conselhos hoje é julgamento — e julgamento vem de caráter”. Em um mundo cada vez mais orientado por dados, algoritmos e automação, são justamente os atributos mais humanos — integridade, empatia, coragem moral, capacidade de ponderar dilemas complexos — que tornam um conselheiro insubstituível. A tecnologia pode oferecer respostas, mas é o caráter que define as perguntas certas. E é nisso que reside o verdadeiro valor de quem ocupa uma cadeira no conselho: na responsabilidade de decidir não apenas o que é possível, mas o que é certo.

As reflexões trazidas pelo Brazil Journal sobre o perfil dos conselheiros mais desejados – profissionais com escuta ativa, espírito colaborativo, abertura ao dissenso e visão estratégica – ganham nova camada de relevância à luz das mudanças regulatórias promovidas pela CVM e pela B3. A Resolução 168, por exemplo, exige que ao menos 20% dos membros do conselho sejam independentes, o que obriga as empresas a buscar nomes desvinculados do controle ou da gestão recente. Isso busca deslocar o olhar do conselheiro tradicional – frequentemente indicado por afinidade com acionistas relevantes – para uma figura mais imparcial e tecnicamente qualificada. A exigência da independência formal, no entanto, é apenas o primeiro o. O verdadeiro desafio está em garantir a independência de pensamento e postura.

Outro ponto que tende a impactar profundamente a composição dos boards brasileiros é a proposta de restrição ao overboarding, ou seja, ao número excessivo de cadeiras ocupadas por um mesmo profissional. Ainda em discussão no âmbito da reforma do Novo Mercado, a limitação de até cinco assentos por conselheiro e a obrigatoriedade de afastamento após 12 anos em uma mesma empresa sinalizam um esforço por oxigenar os colegiados e romper com práticas de concentração de poder e acomodação. Essa diretriz regulatória conversa diretamente com a crítica feita pelo Brazil Journal ao modelo “coletor de conselhos”, que favorece conexões e reputação em detrimento de engajamento efetivo. A expectativa é que, com essas mudanças, a função do conselheiro deixe de ser apenas simbólica ou protocolar e e a exigir dedicação real, preparo contínuo e coragem para discordar.

No fim das contas, conselhos não existem para preservar estruturas antigas — mas para preparar as organizações para o futuro imprevisível, urgente e exigente.

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Regime FÁCIL 3v2s1w um novo capítulo para o mercado de capitais brasileiro /colunistas/convidados/regime-facil-novo-capitulo-mercado-de-capitais-brasileiro/ <![CDATA[Amanda Garcia]]> Wed, 04 Jun 2025 14:00:00 +0000 <![CDATA[Onde Investir]]> <![CDATA[B3]]> <![CDATA[CVM]]> <![CDATA[IPO]]> <![CDATA[PMEs]]> /?post_type=colunistas&p=2893856 <![CDATA[

Calculadora, investimentosIniciativa representa um grande avanço com potencial de transformar radicalmente a realidade de Pequenas e Médias Empresas no Brasil

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Imagine um cenário onde mais empresas podem ar o mercado de capitais com regras mais adequadas ao seu porte e, assim, captar os recursos necessários para impulsionar seu crescimento.

Bom, antes de seguirmos nossa conversa, gostaria de me apresentar a vocês, leitores. Para quem não me conhece, meu nome é Rodrigo Fiszman, e sou cofundador e presidente do conselho da BEE4 – o primeiro e único mercado regulado focado no desenvolvimento do segmento de o – pequenas e médias empresas – no Brasil. Tenho participado e trabalhado ativamente no setor de investimento há mais de 18 anos e gostaria de trazer um tema que tem potencial de mudar o jogo de milhares de empresas no Brasil: a tão aguardada democratização do mercado financeiro para pequenos e médios empresários. 

Na minha visão, o mercado de capitais no Brasil tem trilhado um caminho de constante evolução e adaptação nos últimos vinte e cinco anos, com avanços regulatórios que foram fundamentais para formar um ambiente mais atraente, especialmente para os investidores.

Desenvolvimento e o a novos produtos, como FIIs, FIAgros, FIDCS, trazendo muitas novas alternativas aos investidores. Além disso, tivemos a criação do Novo Mercado e iniciativas para aumentar a proteção de acionistas minoritários, que foram os importantes para fortalecer a confiança e a segurança do investidor.

Mas, apesar dessa modernização e de o Brasil figurar entre as dez maiores economias do mundo em termos de PIB, o número de empresas listadas no país ainda é considerado surpreendentemente baixo, com cerca de apenas 439 companhias; para efeito de comparação, o Vietnã possui mais de 600 companhias. Até então, pouco se havia feito para impulsionar as empresas que mais aceleram o crescimento do nosso país. Um desafio persistente ainda é a baixa representatividade das Companhias de Menor Porte (“CMPs”) entre as empresas listadas na Bolsa brasileira.

Hoje, o Brasil também enfrenta um dos maiores gargalos de financiamento para Pequenas e Médias Empresas (PMEs) no mundo, ocupando a terceira posição entre os países com maior necessidade de recursos para PMEs. A diferença entre a demanda por crédito dessas empresas e a oferta existente atinge cerca de 27% do PIB, ficando atrás apenas da Venezuela (42,36%) e do Panamá (40,80%), conforme dados do SME Finance Forum, vinculado à IFC e à Global Partnership for Financial Inclusion (GPFI).

Uma pesquisa de 2020 da Deloitte e da B3 também revelou que os custos para cumprir as exigências regulatórias para a abertura de capital de uma empresa no mercado tradicional, além de serem mais morosos, representam 5% do capital distribuído em Ofertas Públicas.

O problema é que, sem flexibilização regulatória, os custos fixos de uma listagem se tornam desproporcionais para as PMEs, fazendo com que aqueles 5% na prática se transformem em um percentual muito maior no caso dessas companhias. Com isso, o mercado de capitais acaba se tornando inível para essas empresas.

Historicamente, essa composição do mercado tradicional acabou por atrair majoritariamente grandes companhias, com faturamentos bilionários e ofertas que, na média, ficaram acima de bilhões de reais. Como consequência, estabeleceu-se uma lacuna significativa no cenário do mercado de capitais brasileiro: a falta de um arcabouço regulatório para empresas que, embora já tenham ultraado os estágios iniciais e possuam faturamento relevante, ainda não conseguem atender aos onerosos requisitos das grandes listagens tradicionais.

É precisamente nessa lacuna que a CVM pretende inovar, ao incluir o Regime ‘FÁCIL’ (Facilitação do o a Capital e de Incentivo à Listagens) em sua agenda regulatória de 2025. Essa iniciativa representa um grande avanço com potencial de transformar radicalmente a realidade de Pequenas e Médias Empresas no Brasil.

O que é o Regime ‘FÁCIL’? 4y5r4k

O Regime FÁCIL é um novo arcabouço regulatório, focado em democratizar o o ao mercado de capitais para Pequenas e Médias Empresas (PMEs) com faturamento bruto anual de até R$500 milhões, permitindo a realização de Ofertas de até R$300 milhões.

Pessoalmente, tenho grande orgulho em dizer que a BEE4 contribuiu ativamente e de forma prática, junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), para a construção desse novo regime, fruto de nossa atuação durante a participação no Sandbox Regulatório. Essa experiência permitiu viabilizar a listagem e a negociação de PMEs sob regras simplificadas, com um conjunto de pré-requisitose obrigações mais adequados ao estágio de maturidade dessas empresas.

Com base nos resultados obtidos durante nossa participação, a expectativa é de que o Regime FÁCIL se torne uma alternativa funcional e viável para empresas em estágio intermediário.

Ele vem para preencher a lacuna entre o crowdfunding (para pequenos emissores com faturamento limitado a R$40 milhões) e o mercado tradicional, otimizando os custos de listagem e reduzindo as burocracias atualmente aplicadas às grandes corporações nas resoluções tradicionais (CVM 80 e CVM 160), se tornando uma regulação com potencial de ampliar o mercado de capitais e aumentar as possibilidades para os emissores.

Assim, o Regime FÁCIL se apresenta como um novo capítulo importante dentro dos avanços regulatórios para democratizar e desenvolver o mercado que o país necessita, já que amplia as possibilidades para companhias obterem de fato o registro e realizar emissões de ativos de renda fixa, além da negociação de ações, viabilizando a listagem para Companhias de Menor Porte (“CMPs”).

Cito alguns dos principais impactos positivos:

Para empresas que querem iniciar sua participação no mercado financeiro há uma excelente opção:

  • Emissão de Dívida Simplificada: Permite que empresas de capital fechado em crédito por meio de uma Oferta Pública voltada exclusivamente para emissão de dívidas — como Debêntures e Notas Comerciais — destinadas a Investidores Profissionais, com dispensa de coordenador líder e outras simplificações. Isso traz mais agilidade ao processo, redução de custos e isenção de IOF, além de possibilitar que essas empresas alcancem um público mais amplo, que antes estava às emissões de maior porte no modelo tradicional;

Para aquelas empresas com maior maturidade e governança existe a possibilidade de se tornar uma companhia aberta, seja para ofertar dívidas ou vender suas ações no mercado:

  • Maior agilidade no Registro: Registro automático de emissor na CVM após listagem em mercado organizado (por exemplo, na BEE4);
  • Possibilidade de Ofertas Diretas: Possibilidade de realizar Oferta Pública de distribuição de valores mobiliários de até R$300 milhões sob regime de “oferta direta”, o que significa ter dispensa de registro na CVM e da necessidade de contratação de um coordenador líder;
  • Documentação Unificada: Substituição do formulário de referência, do prospecto e da lâmina por um único formulário, o Formulário FACIL, a ser apresentado anualmente ou por ocasião de Ofertas Públicas;
  • Simplificação de Demonstrações Contábeis: Empresas poderão apresentar informações auditadas anualmente, com revisão limitada a cada semestre, otimizando o processo em relação às exigências trimestrais do mercado tradicional;
  • Votação Facilitada: Dispensa das regras de votação à distância em assembleias;
  • Estímulo ao Crescimento: O o a capital de investidores do mercado pode contribuir para o aumento do investimento em expansão,  pesquisa e tecnologia.

Para a economia brasileira:

  • Geração de emprego e renda: Dado que as PMEs são responsáveis por 60% dos empregos e 1/3 do PIB, a existência de um ambiente regulatório simplificado e adaptado a elas é fundamental para que se desenvolvam e cresçam mais rapidamente, o que, por sua vez, gera mais empregos, mais renda e mais crescimento para o país.
  • Atração de novos investidores: A simplificação e o dinamismo gerado pelo regime podem atrair investidores, tanto nacionais quanto estrangeiros, tornando o mercado brasileiro mais dinâmico e robusto.
  • Mercado mais democrático e inclusivo: O Regime FÁCIL projeta um futuro do mercado de capitais mais aberto, com o objetivo de impulsionar o crescimento de empresas que contribuem para o desenvolvimento do país, atraindo mais participantes e tornando o mercado mais democrático, inclusivo e plural.

Um ambiente regulatório alinhado aos novos tempos 4f6y3d

Bom, até aqui, fica claro que um ambiente regulatório simplificado e adaptado é fundamental para acolher empresas em fase de crescimento no mercado de capitais. Somente assim, será possível avançar para que o Brasil tenha melhores condições de impulsionar as companhias que são o motor do nosso país.

O Regime FÁCIL é, inegavelmente, uma transformação positiva para todos os participantes do ecossistema do mercado financeiro. Essas inovações não apenas democratizam o o a esse ambiente, como também pavimentam o caminho para um crescimento dinâmico e inclusivo de companhias brasileiras na economia nacional, permitindo que mais empresas inovadoras tenham condições de destravar seu potencial, sendo protagonistas de sua trajetória e, quem sabe, as futuras gigantes brasileiras.

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Resultado sem marca é desperdício. Marca sem resultado é vaidade. 2x3x2c /colunistas/convidados/resultado-sem-marca-e-desperdicio-marca-sem-resultado-e-vaidade/ <![CDATA[Amanda Garcia]]> Wed, 04 Jun 2025 13:30:00 +0000 <![CDATA[Consumo]]> <![CDATA[Marcas]]> <![CDATA[Marketing]]> <![CDATA[Marketing digital]]> /?post_type=colunistas&p=2894152 <![CDATA[

Não é educado responder uma pergunta com outra, mas se te perguntarem “por que investir em marca?”, responda “por que não investiria?”

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Há algum tempo, o mercado publicitário vive uma disputa quase ideológica entre dois modelos de agência. De um lado, as agências tradicionais — nascidas num mundo de poucos canais e escassez de dados — que defendem, com razão, o poder de marcas bem construídas ao longo do tempo. Do outro, as agências de performance — digitais, métricas, orientadas à conversão imediata — que rejeitam qualquer esforço que não gere retorno tangível. Ambas têm argumentos válidos. Mas o problema começa quando tratam a outra como inimiga. Como se fossem modelos excludentes.

No estudo Most Valuable Global Brands de 2025 da Kantar, vemos o grupo das marcas mais fortes consistentemente superando o S&P 500. A distância é quase estável ao longo do tempo, tanto em pico quanto nos vales, e a conclusão é quase óbvia: quanto mais valor de marca, mais retorno. Não é educado responder uma pergunta com outra, mas se te perguntarem “por que investir em marca?”, responda “por que não investiria?”.

Essa oposição maniqueísta não reflete a realidade ou a necessidade dentro das empresas. Tendo vivido os dois lados, já estive na trincheira de uma marca que precisava vender mais “ontem”, e também segurei o leme do longo prazo. A verdade é que marca sem resultado é vaidade, e resultado sem marca é desperdício. O desafio real é fazer as duas engrenagens girarem juntas. Soa óbvio, eu sei, mas não se pratica.

Aqui que entra o papel de um novo perfil de agências que enxergam o todo em vez de se colocar de um lado da mesa. Ser parceiro estratégico hoje significa entender que resultado de marca e resultado de negócio não apenas coexistem, eles se alimentam. A construção de marca não é um freio para o desempenho, mas alavanca. Uma boa campanha de performance que nasce de um território de marca forte converte mais. E uma marca que se expressa de forma relevante ao longo da jornada de compra tende a custar menos para vender.

Apesar de ter sido um criativo de profissão, me percebo muito mais criativo quando procuro formas novas de melhorar impacto, seje qual for. Isso significa colocar a criatividade onde ela gera valor, não apenas no ego. É unir narrativa e dados, desejo e decisão, awareness e conversão. Não se trata de equilibrar esforços entre branding e performance como se fossem pratos de uma balança. Trata-se de criar sistemas inteligentes de desequilibrar o jogo a seu favor.

O futuro da comunicação pertence a quem parar de brigar pelas delimitações e começar a construir intersecções. Marcas relevantes entregam resultados. Resultados sustentáveis exigem marcas fortes. Quem entende isso, não escolhe entre um ou outro modelo. Escolhe ser melhor nos dois. Não é no OU, mas no E que mora a oportunidade.

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Com IAs de vídeo 4s5e8 realidade vira design e gera desafio ético para jornalismo e plataformas /colunistas/convidados/com-ias-de-video-realidade-vira-design-e-gera-desafio-etico-para-jornalismo-e-plataformas/ <![CDATA[Flávio Moreira]]> Wed, 04 Jun 2025 12:00:00 +0000 <![CDATA[Business]]> <![CDATA[Consumo]]> <![CDATA[Google]]> <![CDATA[Inteligência artificial]]> <![CDATA[jornalismo]]> /?post_type=colunistas&p=2893591 <![CDATA[

Entenda como as IAs de vídeo estão mudando a percepção da realidade, desafiando o jornalismo e plataformas digitais a lidar com a verdade e a ética na era da desinformação

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A ideia de uma imagem como evidência de um fato está chegando ao fim. Ferramentas de inteligência artificial como Veo 3 (Google), Sora (OpenAI) e Runway estão deixando de ser apenas geradores de vídeo. Elas estão desfazendo a fronteira entre real e o artificial. A partir de agora, realidade virou design.

Por muito tempo, a gente confiou na imagem como testemunha. Era o “vi com meus próprios olhos” do jornalismo. De um jeito que hoje parece quase inocente, há alguns anos, Photoshop matou a foto como prova. E agora a IA está matando o vídeo como verdade.

E tudo isso com uma eficiência assustadora que muda muita coisa para o jornalismo e plataformas de conteúdo.

O impacto da IA no jornalismo e na apuração de fatos 712sp

Como denunciar abusos se uma cena de violência pode ser fabricada com perfeição? Como registrar a história se o presente pode estar sendo inventado com qualidade de Hollywood?

Não é um debate futurista. Já está acontecendo.

Redações vão precisar de um novo tipo de profissional que saiba identificar artefatos digitais, checar procedência visual, interpretar imagens sintéticas.

Ao mesmo tempo, a própria imprensa será tentada a usar essas tecnologias. Vai ser aceitável gerar simulações com IA para ilustrar crimes ou guerras? Se sim, como deixar claro que aquilo é uma reconstituição e não um registro? É um dilema urgente.

A confiança vai ar a ser habilidade crítica. Um novo tipo de educação vai ser essencial: aprender a ler imagens como linguagem.

C2PA na tentativa de garantir autenticidade 551b5k

O padrão C2PA (sigla para Coalition for Content Provenance and Authenticity) é uma iniciativa criada por grandes empresas de tecnologia e mídia para combater a desinformação visual. A ideia é que imagens e vídeos venham com um tipo de “histórico de origem” embutido: quem criou, quando foi feito, se ou por edições. Como um RG digital.

Isso facilita para plataformas e usuários saberem se aquele conteúdo é autêntico ou manipulado.

Plataformas digitais: vitrine neutra ou curadoras de verdade? 374245

Uma outra saída pode ser obrigar plataformas a sinalizar conteúdo gerado por IA. Mas isso depende de regulação e vontade política. Coisa que quem lucra com desinformação sabe explorar.

TikTok, Instagram, YouTube… são apenas vitrines onde qualquer um pode expor o que quiser? Ou essas plataformas têm obrigação de cuidar do que estão entregando para bilhões de pessoas todos os dias?

Durante anos, essas redes se posicionaram como canais neutros, apenas conectando quem publica com quem consome. Mas quando o conteúdo distribuído pode ser uma mentira realista gerada por IA, a responsabilidade muda de patamar.

Se elas têm algoritmos para escolher o que vai aparecer primeiro no seu feed, por que não teriam também a obrigação de filtrar o que pode causar dano real?

Não se trata só de moderação de conteúdo. Trata-se de responsabilidade editorial. E talvez esteja na hora de plataformas serem cobradas como tal.

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Quer captar clientes organicamente? confira cinco dicas ap68 /colunistas/convidados/quer-captar-clientes-organicamente-confira-cinco-dicas/ <![CDATA[wellingtoncarvalho]]> Tue, 03 Jun 2025 08:02:00 +0000 <![CDATA[Advisor]]> <![CDATA[Profissão]]> <![CDATA[Assessoria de investimentos]]> <![CDATA[Formação de assessores]]> /?post_type=colunistas&p=2892370 <![CDATA[

Captação orgânica existe. Mas não é sorte — é reflexo da sua clareza interna, da sua presença externa e do seu método

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Todo mundo já ouviu: “Ah, meus clientes vêm todos pelo orgânico.”

Mas o que ninguém fala é o bastidor invisível por trás disso: consistência, clareza de mensagem e posicionamento constante.

As inscrições para a nova turma da Jornada de Formação de Assessores já estão abertas; participe!
E é aqui que a maioria trava. Porque captar sem esforço virou um fetiche — mas exige esforço do tipo certo: emocional, estratégico e recorrente.

A verdadeira trava da captação 6x5519

O problema nem sempre é técnico. Muitas vezes é emocional.

É sobre estar cansado demais para pensar, sobre rodar demais sem saber se está avançando.

É sobre querer resultado, mas não ter prazer no processo. Ou não ter clareza do sentido disso tudo: qual é o sonho grande que você, como profissional, está a serviço de realizar na sua vida? E aí… trava.

O que a neurociência tem a ver com isso i3s4t

Seu cérebro precisa, primeiro desta total clareza como ponto de partida e de chegada. E além disso, precisa perceber progresso para liberar dopamina e te manter motivado.

Se não vê avanço, te sabota. Por isso tanta gente desiste no meio do caminho.

O Método O Mínimo Esforço atua justamente nesse ponto:

  • Transforma desejo em plano.
  • E plano em pequenos avanços visíveis.
  • Que viram prazer — e não punição.

A ilusão do orgânico d584m

Captação orgânica não é ausência de esforço. É construção.

Ela acontece quando você tem clareza sobre o que entrega, sabe se comunicar e permanece visível — mesmo sem pagar por anúncios.

Não é mágica. É método.

Onde tudo começa a mudar 2y614l

Antes de perguntar “como captar mais?”, o assessor precisa olhar para dentro:
Você tem clareza do que te trava?

Porque captar no orgânico é possível. Mas não para quem está emocionalmente sobrecarregado, invisível ou incoerente.

É para quem entende que o primeiro o para ser encontrado… é se encontrar.

Uma boa forma de começar? Pegue o seu plano numérico atual — aquele que define suas metas de esforço e de resultado — e se pergunte:

  • Isso aqui faz sentido pra mim? Está conectado com o meu sonho grande, ou virou uma meta solta?
  • Se eu bater esse número, o que isso realmente muda na minha vida?

Esse alinhamento é o que torna o movimento sustentável.

Quando isso está claro, aí sim, você pode seguir para as ações práticas de aumento de autoridade — que facilitam ser encontrado organicamente.

E é aqui que as redes sociais e a sua comunicação de relacionamento entram como grandes aliados.
Não como palco, mas como ponte: entre o que você é e o que o cliente precisa enxergar em você.

Cinco ações práticas para assessores que querem captar mais no orgânico 6q2t

Quer gerar autoridade e visibilidade real nas redes sociais e na sua comunicação com clientes? Comece com o que funciona — sem precisar virar influencer:

1. Escolha um pilar editorial e seja conhecido por isso.Não tente falar de tudo. Escolha um tema — como sucessão, aposentadoria, segurança financeira — e seja referência nele.

2. Crie uma rotina mínima de posicionamento:Um post por semana no LinkedIn, um story por dia no Instagram, uma mensagem estratégica por mês para clientes e prospects no WhatsApp ou e-mail.

3. Use histórias reais (com ética e anonimato).
Transforme casos do seu dia a dia em aprendizados públicos. Isso é construção de autoridade com empatia.

4. Antecipe objeções.
Já sabe o que o cliente costuma dizer? Fale disso antes. Ex: “Acha que só quem tem milhões precisa de um assessor?” — excelente começo de conteúdo.

5. Tenha um CTA (“chamada para ação: direcione o cliente com clareza”) claro e recorrente.
Não adianta se posicionar sem direcionar. Termine com algo acionável Ex: “Se isso te faz sentido, me chama aqui e conversamos.”

Captação orgânica existe. Mas não é sorte — é reflexo da sua clareza interna, da sua presença externa e do seu método.

Agora é hora de aplicar. Porque o primeiro o do orgânico… é interno.

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O que MoveUp 193o62 NBA Brasil e BR Media têm a ver com o futuro das fusões em mídia esportiva /colunistas/convidados/o-que-moveup-nba-brasil-e-br-media-tem-a-ver-com-o-futuro-das-fusoes-em-midia-esportiva/ <![CDATA[Amanda Garcia]]> Mon, 02 Jun 2025 14:00:00 +0000 <![CDATA[Esportes]]> <![CDATA[Basquete]]> <![CDATA[NBA]]> <![CDATA[Negócios do Esporte]]> <![CDATA[Redes Sociais]]> <![CDATA[Streaming]]> /?post_type=colunistas&p=2889989 <![CDATA[

A entrada de novos players e aquisições estratégicas em 2025 reforçam o esporte como ativo central na disputa por relevância da economia criativa — com holdings e investidores atentos ao mercado latino-americano de mídia e criadores

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A partir desta semana, o Conexão NBA a a ser gravado diretamente da NBA House em dias de jogo. A megainstalação montada no Parque Villa-Lobos, em São Paulo, para ativar a marca durante as finais representa um novo ponto de contato e amplifica a parceria com o The Playoffs.

Desde o fim de março, o canal exibe os melhores momentos das partidas da liga norte-americana em seu programa diário no YouTube apresentado por criadores.

Por trás da colaboração com a NBA Brasil está a MoveUp Media, a startup sa de mídia esportiva que comprou uma participação do The Playoffs em 2024. Os detalhes do acordo não foram divulgados na época.

O licenciamento de highlights via NBA é uma iniciativa inédita no país e reforça os planos ambiciosos da empresa: alcançar um aumento de 20% na participação de mercado ainda em 2025.

Instalada em um escritório em Pinheiros, a MoveUp mira o mercado pulsante da economia criadora na América Latina, apostando em potencializar, em um primeiro momento, as marcas nativas digitais brasileiras.

“Os criadores de conteúdo são peça-chave na mídia esportiva. Queremos unir relevância digital a canais que falam com o público jovem – e conectá-los a marcas”, afirmou à coluna Chloé Ripoche, head de mídia da MoveUp.

Além da Europa e LATAM, a empresa nascida em 2022 tem operações na América do Norte e Ásia. No Brasil, a outra propriedade é o Netflu, site de notícias relacionadas ao Fluminense.

A aceleração e consolidação de propriedades digitais com DNA esportivo-nativo mostram por que esse mercado se tornou o novo campo de batalha da economia criativa. As fusões e aquisições (M&A) surgem como mecanismos para estruturar um ecossistema robusto, sustentado por uma nova cadeia de mídia.

O ponto de virada: esportes, criadores e o capital institucional 6z232f

Em 2025, o boom da creator economy atingiu um ponto de inflexão. Segundo o estudo anual da Quartermast, o mercado global de criadores alcançou US$ 156,4 bilhões e cresce a 22,5% ao ano. Com 65 transações de M&A registradas apenas em 2024, o setor mostra apetite e sofisticação.

O que era fragmentado começa a se consolidar em blocos: agências, plataformas de software, redes de talentos e agora, também, propriedades esportivas e canais de conteúdo.

No âmbito global, o conteúdo esportivo segue sendo uma das categorias mais resilientes do entretenimento. As propriedades ainda atraem capital institucional mesmo em meio a incertezas macroeconômicas, como mostra o relatório da Deloitte sobre investimentos esportivos para 2025.

Neste momento, porém, há um novo fator: a audiência jovem está saindo dos canais tradicionais e deslocando-se para os criadores.

Como entidades que incorporam as próprias mídias, esses criadores, por sua vez, operam no limbo: eles ostentam público e influência, mas pouca infraestrutura, direitos limitados e monetização instável. Esse vácuo abriu espaço para uma nova safra de compras.

BR Media, Publicis e o recado para o mercado 204fy

Em fevereiro deste ano, o Publicis Groupe anunciou a aquisição da BR Media Group, uma das maiores redes de influência da América Latina. Fundada no Brasil em 2012, a BR Media acumulava mais de 500 mil criadores na base, incluindo 80% dos principais nomes da região, e clientes como Ambev, Amazon e Unilever.

Embora os termos do acordo não tenham sido divulgados, Chris Erwin, consultor de mídia, estima que a transação tenha ocorrido com múltiplos entre 15x e 20x EBITDA. A projeção está alinhada com benchmarks internacionais como a compra da americana Influential, também pelo Publicis, no ano anterior.

A obtenção da BR Media marca a terceira operação do Publicis na América Latina desde 2022 — um movimento estratégico com leitura clara de expansão.

Apesar de representar apenas € 374 milhões do faturamento do grupo em 2024, a América Latina foi a região com maior crescimento orgânico: 22,9%. O mercado é pequeno, mas expande-se 3 a 4 vezes mais rápido que outros blocos geográficos.

Conforme analisou Erwin, em um setor onde escala importa, a BR Media oferecia algo raro: capilaridade criativa, tecnologia própria e uma plataforma integrada com potencial real de receita.

O case também é uma prova de tese: agências holding não estão apenas interessadas em mídia tradicional. Elas buscam ativos que combinam tecnologia, talento e influência cultural. E quando eles têm lastro esportivo, o valor percebido tende a se multiplicar.

Não por acaso, praticamente um mês antes da venda, a BR Media anunciou uma nova frente de negócios focada em esportes, oferecendo branded content, eventos, produção artística e gestão 360°.

A guerra pelo esporte como ativo cultural e comercial 2e6142

A interseção entre esportes e economia criadora ficou mais evidente com movimentos como o da Playback, startup americana que quer ser a “Twitch dos esportes” e levantou US$ 22 milhões para permitir que criadores transmitam jogos ao vivo com direitos licenciados.

Após a realização da rodada no fim março, a empresa firmou uma parceria com a Major League Baseball, por meio da qual os criadores podem transmitir jogos do MLB.tv. Anteriormente ao investimento, a Playback tinha um acordo com o League da NBA.

A demanda é por mediação autêntica, interativa e social – três pilares que as transmissões tradicionais muitas vezes não entregam. E o modelo da Playback é sintomático. Ele exige que o espectador tenha uma oficial das ligas, mas permite que essa interação aconteça em ambiente controlado, com monetização para os criadores.

É um caminho promissor para contornar os obstáculos legais que historicamente limitaram o conteúdo esportivo digital. E, principalmente, inaugura um formato que captura o valor da comunidade, o ativo intangível, porém, cada vez mais determinante na era da economia criadora.

Brasil: excesso de oferta, submonetização crônica 853w

O Brasil acaba de ultraar os Estados Unidos em número de influenciadores no Instagram, mas o dado pode enganar. De acordo com Bia Granja, uma das autoridades sobre creator economy no país, 65% das marcas ainda investem menos de US$ 125 mil por ano em marketing de influência. E apenas 9% dos criadores vivem de conteúdo em tempo integral.

Como bem observou Granja, o desequilíbrio é evidente: há audiência, talento e demanda cultural, porém faltam estrutura, monetização e, sobretudo, investimento recorrente.

É nesse vácuo que empresas como a MoveUp encontram oportunidade. Ao agregar licenciamento de highlights da NBA e produção profissional via The Playoffs, a startup atua como ponte entre um ecossistema ainda informal e marcas que querem se conectar a um público jovem, engajado e fanático.

A lógica é replicável para outros esportes e detentores de direitos. E os investidores sabem disso.

O que se vê no Brasil com a MoveUp e a BR Media é apenas uma fração de um movimento maior. A economia criadora estrutura-se como um pilar da nova da mídia, e o esporte desponta no centro da estratégia para amplificação.

Enquanto grandes holdings buscam escala, plataformas como Playback almejam legitimidade e startups como MoveUp anseiam por protagonismo, os criadores estão no controle da narrativa prontos para dar escala a este ecossistema insurgente.

A Deloitte prevê que nos próximos 12 a 24 meses, o ritmo de fusões e aquisições deve se intensificar. Os vencedores? Serão aqueles que compreenderem que o futuro da mídia esportiva será desenhado por pontes entre conteúdo, comunidade e comércio — construídas dentro da experiência, não à margem dela.

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Nota de R$ 200 4v5j2p a cédula de emergência que marcou a resposta monetária à pandemia /colunistas/convidados/nota-de-r-200-a-cedula-de-emergencia-que-marcou-a-resposta-monetaria-a-pandemia/ <![CDATA[Giovanna Sutto]]> Sun, 01 Jun 2025 14:45:00 +0000 <![CDATA[Brasil]]> <![CDATA[Economia]]> /?post_type=colunistas&p=2890924 <![CDATA[

Com ela, o Banco Central buscou facilitar a distribuição de valores elevados e reduzir a pressão sobre a rede de abastecimento de cédulas

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Lançada em setembro de 2020 como resposta à alta demanda por numerário durante a Covid-19, a cédula com o lobo-guará tornou-se hoje de circulação rara e é pouco utilizada em transações do dia a dia.

O lançamento da nota de R$ 200, em 2 de setembro de 2020, pelo Banco Central do Brasil, foi uma medida extraordinária diante dos impactos econômicos da pandemia de Covid-19.

Estampada com o lobo-guará — símbolo da fauna do cerrado brasileiro —, a nova cédula teve como objetivo principal dar resposta à crescente demanda por dinheiro em espécie observada nos meses iniciais da crise sanitária.

(Divulgação/ TP Leilões)

Naquele período, o volume de papel-moeda em circulação no país aumentou rapidamente: ou de cerca de R$ 260 bilhões em março para R$ 351 bilhões em agosto de 2020. O movimento foi impulsionado por um comportamento de precaução típico de momentos de incerteza, nos quais empresas e famílias recorrem ao dinheiro físico como forma de segurança. Esse fenômeno, registrado em diversas economias ao redor do mundo, teve efeitos concretos sobre a gestão do numerário brasileiro.

A nota de R$ 200 surgiu, assim, como uma solução de caráter logístico e emergencial. Com ela, o Banco Central buscou facilitar a distribuição de valores elevados e reduzir a pressão sobre a rede de abastecimento de cédulas — especialmente diante dos programas de transferência de renda, como o auxílio emergencial.

No total, foram impressas 450 milhões de unidades em 2020, divididas em quatro séries alfabéticas distintas: AA (50,4 milhões), AH (100,2 milhões), AI (237 milhões) e AJ (62,4 milhões). Não houve novas tiragens nos anos seguintes, o que confirma seu enquadramento como cédula de emergência, categoria utilizada para emissões pontuais em cenários de excepcionalidade.

Apesar de sua validade legal e presença no sistema monetário, a nota de R$ 200 é hoje raramente vista no comércio ou em caixas eletrônicos. De acordo com estatísticas do Banco Central, havia 144,74 milhões de notas de R$ 200 em circulação em 1º de agosto de 2024, o que representa apenas 32% da tiragem inicial e 1,9% do total de cédulas em circulação no país.

O próprio Banco Central afirma que a liberação das notas ocorre de forma gradual, “de acordo com a demanda”, e que seu ritmo de uso evolui em linha com o esperado. Ainda assim, a baixa utilização coincide com o avanço de formas digitais de pagamento, especialmente o PIX, que democratizou as transferências eletrônicas e reduziu custos de transações para correntistas e pequenos comerciantes.

A escolha do lobo-guará para ilustrar a cédula remonta a uma pesquisa feita em 2001 pelo Banco Central, que buscava identificar representantes da fauna nacional para novas denominações. Ele ficou em terceiro lugar na votação popular — atrás da tartaruga-marinha (R$ 2) e do mico-leão-dourado (R$ 20) — e só foi incorporado ao padrão monetário quase duas décadas depois.

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Do espelho ao aterro 3w2t1w como sua roupa devolvida vira montanhas coloridas no deserto ou CO₂ /colunistas/convidados/do-espelho-ao-aterro-como-sua-roupa-devolvida-vira-montanhas-coloridas-no-deserto-ou-co%e2%82%82/ <![CDATA[Giovanna Sutto]]> Sun, 01 Jun 2025 12:30:00 +0000 <![CDATA[Brasil]]> <![CDATA[Consumo]]> /?post_type=colunistas&p=2890968 <![CDATA[

O “provar em casa” que destrói o planeta; entenda

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Desde o início da pandemia, transformar qualquer tarefa em botão se tornou hábito. Comprar, trocar, devolver. Em 2020 as devoluções totais no varejo on-line norte-americano representavam algo em torno de 10% das vendas. Um ano depois já estavam em 16,6% e, em 2024, o índice médio de todo o e-commerce atingiu 16,9% – quase um em cada seis produtos volta para o remetente.

Na moda o impacto é maior: devoluções superam 30% e podem chegar a 50% em certas coleções. A prática ganhou até nome elegante – bracketing. Segundo a Narvar, 62% dos compradores já pedem o mesmo item em vários tamanhos ou cores “só para provar em casa”.

O “provar em casa” que destrói o planeta:

  • Devolver um pedido adiciona cerca de 30% de CO₂ ao frete original.
  • Somadas, as viagens de retorno despejam 24 milhões de toneladas de CO₂ por ano – emissões equivalentes à frota de caminhões de um país médio.
  • Muitas peças simplesmente não voltam à prateleira: reembalar custa mais do que descartar. Especialistas estimam que menos de uma em cada dez é revendida em condição de “nova”.
  • Na Europa, já existem incineradoras de roupas em ciclos de quase 24h por dia, pois o fluxo de queimar é muito mais barato do que armazenar.

Provavelmente, a gigante maioria dos compradores não sabe o efeito direto que isso gera no planeta: quando não há espaço nem comprador, chegam os desertos de roupa. Isso mesmo. Você ouviu direito. No sudoeste dos EUA, terrenos baldios próximos a hubs logísticos acumulam montanhas têxteis à espera de destino; no Chile, o Atacama já recebeu mais de 130 mil toneladas de fast-fashion descartada, formando dunas coloridas visíveis por satélite.

Incinerar, apesar de ser algo bastante realizado já, gera efeitos ambientais monstruosos: queimar uma tonelada de tecido pode liberar até três toneladas de CO₂, além de dioxinas e metais pesados.

Custo invisível, margens à deriva 342q6y

A logística reversa de devolver “coisas” deve consumir US$ 890 bilhões do varejo norte-americano em 2024 – quase 17% de toda a receita on-line. Algumas marcas começaram a reagir. A Boohoo introduziu uma taxa de devolução de £1,99 e cortou o volume em dois dígitos, movimento seguido por Zara, H&M, ASOS e outros gigantes que agora testam cobranças entre £2 e £4. Consultorias estimam que encerrar o “retorno grátis” recuperaria até 1,4 ponto de margem na moda rápida, mas derrubaria compras por impulso em cerca de 30%. Isto é: cômodo para o consumidor, péssimo para os negócios, desastroso para o planeta.

Por que parece um caminho sem volta? 1s3s4x

Porque a interface esconde o caminhão, a logística, o incinerador ou os desertos artificialmente coloridos. O clique pesa gramas; o pacote de retorno viaja quilômetros de caminhão, avião e esteira. Depois dos lockdowns trocamos o provador da loja pelo espelho do quarto: devolução virou parte da experiência, não exceção. Enquanto a tela exibir “retorno grátis”, rios de caixas vazias continuarão queimando diesel e voltando cheias de nada.

A resposta das marcas veio: investem em provadores de realidade aumentada, guias de caimento mais precisos e bônus para quem devolve em loja física. São paliativos úteis, mas a mudança estrutural esbarra numa palavra impopular: cobrar. Enquanto não houver fricção no botão de devolver, conveniência seguirá empilhando carbono e tecido em silêncio.

Talvez seja hora de trocar a pergunta “quanto isso custa no balanço?” por “o consumidor sabe o estrago que está causando no planeta ao devolver suas roupas?”. Cada clique inocente aparece como ruído no escapamento e desertos inteiros abarrotados de roupas, mesmo quando milhões não tenham o que vestir. Da próxima vez que pedir quatro tamanhos do mesmo moletom, lembre-se que logística não tem modo silencioso.

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