Wesley Santana 2h2d2b InfoMoney Notícias, ações e muito mais sobre investimentos. Informação que vale dinheiro. Thu, 17 Aug 2023 16:20:47 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8.1 /wp-content/s/2019/10/IM-Favicon.png?fit=32%2C32&quality=70&strip=all Wesley Santana 2h2d2b InfoMoney 32 32 161989173 /business/em-meio-a-escassez-de-capital-de-risco-crescem-mas-no-setor-financeiro/ <![CDATA[Wesley Santana]]> Thu, 17 Aug 2023 16:00:21 +0000 <![CDATA[Business]]> <![CDATA[Fusões e Aquisições]]> <![CDATA[KPMG]]> <![CDATA[Mastercard]]> <![CDATA[Mercado Financeiro]]> <![CDATA[PMEs]]> <![CDATA[Santander]]> <![CDATA[Serasa]]> <![CDATA[Visa]]> /?p=2218900 <![CDATA[

Fusões e aquisições entre instituições financeiras somaram 66 operações no primeiro semestre deste ano; no ano ado foram 99 2g871

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<![CDATA[Em julho, a Visa comprou a fintech Pismo por US$ 1 bilhão, no maior M&A do período

A Visa comprou a Pismo, a Serasa Experian levou a Mova, e o Santander agora detém 20% da Sodexo no Brasil. Essas são só algumas das muitas fusões e aquisições concluídas no setor financeiro durante este ano, que já caminha para superar as transações de 2022.

Segundo dados da KPMG, no primeiro semestre deste ano, foram fechados 66 acordos de incorporação de empresas financeiras. No acumulado de todo o ano ado, estes tipos de M&As totalizaram 99 operações, de acordo com a consultoria, atrás apenas dos setores de TI e de serviços.

Essa alta nas transações acontece no momento em que o capital de risco está limitado, portanto, os negócios menores têm menos opções de levantar recursos. Desta forma, estando disponíveis para negociações, as grandes companhias -com caixa para expansão- conseguem sair na frente e levar as menores, para entrar em novos segmentos.

Foi o que aconteceu com a Serasa Experian, no mês ado, quando desembolsou R$ 40 milhões para ser sócia majoritária da Mova, fornecedora de crédito para pequenos e médios empreendedores. Em entrevista ao IM Business, Marcia Usami, diretora de serviços de crédito, comenta que essa aquisição deve dar à companhia o fôlego para ar um setor então distante do core da Serasa, mas que fazia parte dos planos de crescimento.

“Os produtos que a Mova oferece, de infraestrutura de crédito para empresas não bancárias, quando se une aos nossos de inteligência de dados, se torna uma solução mais robusta no mercado. Temos milhões de CNPJs no Brasil e, dentro deste universo, a maioria é PME, público que não têm o a crédito. Estamos executando uma estratégia para ampliar nossa atuação junto a este perfil”, diz Usami.

As operações realizadas entre instituições financeiras têm sido bastante diversas, englobando desde bancos digitais à exchanges de criptoativos, conforme analisa Luis Motta, sócio-líder de assessoria em fusões e aquisições da KPMG no Brasil. Segundo ele, optar por comprar uma empresa menor -especialmente as startups- tem sido a estratégia para ganhar tempo em tecnologia, além de ampliar os esforços na busca por trazer jornadas completas aos clientes.

“Nem sempre estamos falando de compras entre grandes instituições, mas sobre tudo o que orbita o mercado financeiro. Este é um segmento que se diversificou ao longo do anos, especialmente com o advento da tecnologia. É um processo retroalimentar, pois surgem novas ferramentas e competência, que vão sendo agregadas”, destaca Motta.

“Quando uma grande empresa faz aquisição, normalmente, ela está buscando ampliar a carteira de clientes, uma nova competência ou outro público-alvo. Às vezes, é muito mais rápido adquirir do que começar o produto do zero. Se conseguir manter uma equação de risco e benefício que faça sentido com a taxa retorno para aquele tipo de iniciativa, é vantajoso”, continua.

Diretora de serviços de crédito da Serasa, Marcia  Usami esteve à frente das negociações da compra da fintech Mova.
Há três anos, Marcia Usami comanda as operações de serviços de crédito da Serasa Experian. Foto: Divulgação

Os especialistas ouvidos pela reportagem disseram um processo de fusão ou aquisição leva, em média, seis meses. Isso, no entanto, depende de vários fatores, como o posicionamento da empresa no mercado, o apetite das potenciais compradoras e até a concorrência com marcas do mesmo segmento.

A Mastercard, por exemplo, até estava no páreo para tentar levar a fintech Pismo, de infraestrutura para processamento bancário, mas a Visa conseguiu se destacar pagando US$ 1 bilhão. As conversas nos bastidores aconteciam há pelo menos seis meses, de acordo com fontes que acompanharam as negociações.

No caso da Mova, as discussões se arrastavam desde o ano ado, mas o contrato demorou de ser fechado pois dependia do aval de órgãos reguladores, como o CADE (Conselho istrativo de Defesa Econômica) e o Banco Central, já que se trata de uma Sociedade de Empréstimo entre pessoas (SEP). A Serasa Experian projeta completar a fusão ainda no segundo semestre, mas deve manter os negócios separados, pelo menos neste primeiro momento.

“Essa aquisição deve deixar as operações apartadas, até porque queremos preservar a autonomia e agilidade do que eles estão construindo”, prevê Márcia, que atua na Serasa há três anos e tem agens por Linx, Mastercard e Alelo.

Rafael Assunção, sócio e fundador da Questum, consultoria especializada em M&A de startups, pontua que as fintechs se mantêm relevantes nesse contexto de mudanças regulatórias e avanços provocados pelo Open Finance. “Devemos acompanhar uma consolidação dos players desse segmento”, projeta.

Já Motta, da KPMG, acredita que o número de transações deve aumentar no curto e médio prazo, dado o contexto de queda na taxa básica de juros, a Selic. Para o longo prazo, ele afirma ser quase impossível prever a movimentação, uma vez que a tecnologia avança e podem ser criados novos nichos de mercado.

“Mesmo neste cenário instável, com uma guerra acontecendo, crise econômica em vários países e um novo governo Brasil, estabilizamos essas transações em um patamar razoável”. “Acredito que vai aumentar porque estamos vendo a queda na taxa de juros e, com isso, parte dos problemas são reduzidos, gerando um apetite maior para crescimento, o que se dá também por meio das aquisições, já em uma boa situação”, avalia.

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Afinal 273o40 em que posição está o Brasil na corrida mundial pelos semicondutores? /business/posicao-do-brasil-na-corrida-mundial-pelos-semicondutores/ <![CDATA[Wesley Santana]]> Wed, 09 Aug 2023 15:00:38 +0000 <![CDATA[Business]]> <![CDATA[Atividade Industrial]]> <![CDATA[Ciência]]> <![CDATA[Inovação]]> <![CDATA[Semicondutores]]> <![CDATA[Tecnologia]]> /?p=2210495 <![CDATA[

Os semicondutores são peças fundamentais para o funcionamento de qualquer dispositivo eletrônico.Governo federal incluiu painéis fotovoltaicos na lista de desonerações, mas especialistas dizem que é preciso um projeto maior

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<![CDATA[Os semicondutores são peças fundamentais para o funcionamento de qualquer dispositivo eletrônico.

Dos smartphones aos automóveis, os semicondutores fazem qualquer dispositivo eletrônico funcionar. Com o avanço da inteligência artificial, a discussão em torno desses dispositivos ganha ainda mais relevância, já que eles são fundamentais para o processamento de dados e, consequentemente, para o futuro da tecnologia.

Não é à toa que há uma corrida mundial para ocupar a liderança na produção de semicondutores, a guerra dos chips. Países como China, Índia e Estados Unidos -além da União Europeia- estão injetando bilhões de dólares para ampliar a fabricação e exportação destes equipamentos que devem ditar o ritmo dos avanços nos próximos anos.

O Brasil, porém, parece ainda não ter uma estratégia muito clara sobre esse assunto. O governo federal até já teve uma empresa que cuidava especificamente deste tipo de produção, a CEITEC, inicialmente liquidada pela gestão Bolsonaro, com o processo interrompido pelo Tribunal de Contas da União (TCU), e que agora voltou a ser tema de discussão com possibilidade de ter suas atividades reativadas.

Enquanto esse ime não é resolvido, a posição do Executivo tem sido na linha da desoneração de tributos para incentivar a confecção local e a entrada de plantas estrangeiras em território nacional. Recentemente, a Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação conseguiu no Congresso a extensão do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (PADIS) até 2026.

Com este programa, o planalto espera alcançar até US$ 2 milhões em desoneração por ano, e assim começar a pavimentar o caminho para o crescimento do setor dentro do país. Henrique de Oliveira Miguel, secretário responsável pela gestão do programa, destaca que essa prorrogação engloba especialmente o ecossistema de produção de painéis fotovoltaicos, que até era contemplado pela primeira versão do PADIS, mas de forma reduzida, já que parte dos componentes para a montagem ficava de fora.

“Isso era uma inviabilidade técnica que precisava de ajustes, que foram incorporados na lei e permite que a fabricação de células de painéis fotovoltaicos possa se beneficiar dos incentivos”, destaca Henrique ao IM Business. Segundo o secretário, incluir estes itens na lista de desoneração deve ampliar a participação do país na geração global de energia fotovoltaica, aumentando uma atividade que tem se consolidado nos últimos anos.

De acordo com a Agência Internacional de Energia, o Brasil já é um dos dez maiores produtores de energia fotovoltaica do mundo, tendo somado 24 GW (Gigawatt) no ano ado, potência suficiente para abastecer uma grande metrópole. Há cinco anos, o país figurava entre os 30 principais produtores.

“O caminho é esse: ampliação do prazo do PADIS e inclusão das células de painéis fotovoltaicos no programa, etapas que já foram realizadas. Agora, os próximos os são: incentivar as empresas que operam no país a diversificar sua produção, fortalecer o desenho dos semicondutores e interagir com outros governos que têm seus programas para avaliar a possibilidade de integração”, descreve Henrique, que é funcionário de carreira do MCTI.

É suficiente? 4f6q6q

Segundo especialistas ouvidos pela reportagem, desde a virada do milênio, o Brasil tem ado por um processo de desindustrialização, com a queda da participação da indústria no PIB. Esse movimento foi na contramão de vários países, sobretudo os asiáticos, que aplicaram recursos para incentivar a fabricação local de diversas categorias e hoje se destacam na liderança dos semicondutores.

Na análise de Alberto Boaventura, gerente sênior da consultoria Deloitte, o país precisa reverter esse processo e focar na força industrial e tecnológica. Para ele, o ideal seria uma estratégia no mesmo modelo de quando se discutiu a internet das coisas, que deu origem a um plano nacional em que se casou investimentos, políticas públicas e promoção de capacitação profissional.

“É preciso criar um projeto para semicondutores que seja multidisciplinar, observando as possíveis demandas do Brasil e trazendo como balizador o que acontece na comunidade europeia”. “É uma discussão que tem que ser ampla, com o setor público, indústria e comunidade acadêmica”.

Segundo dados do Ministério da Ciência e Tecnologia, hoje existem apenas 11 fábricas produzindo semicondutores em solo nacional, todas no chamado backend, etapa de finalização do produto. Fazendo uma analogia à confecção de um caderno, é como se o ciclo inicial, de front end, fizesse toda a produção do papel e o desenho final do material, e o final ficasse com o recorte de cada folha com suas linhas.

A HT Micron, agora vinculada ao conglomerado coreano Hana Micron, atua neste último estágio da cadeia, encapsulando e testando os chips para marcas que fabricam smartphones no país. Já pensando no mercado de smartphones 5G, recentemente, a empresa gaúcha conseguiu aprovar um financiamento de R$ 99 milhões com o BNDES para subsidiar a montagem de memória para esses dispositivos mais modernos.

“Esse financiamento vai servir para trocar de tecnologia e se adaptar aos smartphones 5G, que são mais rápidos e, portanto, precisam de uma memória que acompanhe. Essa nova tecnologia mudou a forma como são fabricados esses aparelhos, então é preciso modernizar a linha de produção, substituindo a maior parte dos equipamentos”, destaca Edelweis Ritt, pós-doutora em Ciências da Computação e diretora de alianças estratégicas da HT Micron.

Assim como outras empresas do setor, a HT Micron acredita que os investimentos em semicondutores am também pela educação, dado que há déficit de mão de obra qualificada, sobretudo no desenho dos materiais. A própria Deloitte estima que, para suprir a demanda mundial, seria necessário o acréscimo de 100 mil novos profissionais especializados todos os anos ainda nesta década, o que requere incentivos do governo para a profissionalização e esforço para conter a fuga de cérebros.

“Para mim, o grande segredo é a forma como vai se reconstruir um caminho para a reingresso do país nesse cenário, formação de massa crítica e investimentos que sejam sustentáveis e robustos. Não adianta pensar em fazer investimentos na computação neuromórfica, por exemplo. Não é que seja algo inatingível, mas não vai resolver os problemas de médio prazo do país. É preciso desoneração, investimento em capacitação e garantias para os investidores, no sentido de entender onde quer se posicionar dentro da indústria”, prevê o executivo da consultoria global.

No último relatório da  Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), publicado em junho, os dados mostraram que a indústria de semicondutores é totalmente dependente dos governos e que ela não cresce sem subsídio. Ritt, da HT, portanto, conclui que não vai existir produção de semicondutores em todos os países do mundo, mas que os que querem ter independência precisam “investir massivamente para superar a barreira de entrada, que já está alta”.

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Com avanço da tecnologia 5zy5z empresas perdem o medo da restituição tributária /business/com-avanco-da-tecnologia-empresas-perdem-o-medo-da-restituicao-tributaria/ <![CDATA[Wesley Santana]]> Tue, 08 Aug 2023 19:45:43 +0000 <![CDATA[Business]]> <![CDATA[Impostos]]> <![CDATA[Inovação]]> <![CDATA[Reforma Tributária]]> <![CDATA[Tecnologia]]> /?p=2209514 <![CDATA[

Assim como a restituição do imposto de renda, recuperação tributária devolve às empresas recursos pagos indevidamenteDiferente do que acontecia antigamente, auditoria agora é feita majoritamente por algoritmos que impedem supostas retaliações

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<![CDATA[Assim como a restituição do imposto de renda, recuperação tributária devolve às empresas recursos pagos indevidamente

Na primeira semana de agosto, o impostômetro indicava um ree total de R$ 1,8 trilhão aos cofres públicos, oriundo tanto de pessoas físicas quanto jurídicas. Embora esses tributos tenham sido pagos, não significa que eles eram realmente devidos, fato exemplificado pelas restituições de impostos de renda que a Receita Federal faz anualmente à grande parte dos contribuintes.

No caso das empresas, o processo de devolução é um pouco mais burocrático, o que demanda esforço para comprovar o direito ao ressarcimento. Por isso, durante muito tempo, a contabilidade teve até receio de recorrer à recuperação tributária, temendo uma possível represália dos órgãos públicos que ficariam criteriosos com as solicitantes.

Ao que tudo indica, essa cultura tem mudado e as empresas estão mais tranquilas em fazer o pedido. Quem diz isso é Douglas Barros, diretor técnico da AG Capital, auditoria especializada em tributação previdenciária, que já soma R$ 5 bilhões em recuperações concluídas desde 2021.

“O volume e a quantidade de compensações tem crescido em uma taxa superior a alguns índices econômicos. As empresas estão ando do cenário anterior, que era de medo de fazer algo incorreto e ser alvo de retaliação, para um modelo novo, de órgãos que não fazem mais esse tipo de ação”, explica o executivo.

Para ele, o pensamento anterior já não se sustenta porque, em sua maioria, os processos de fiscalização dos órgãos fiscais, como a Receita Federal, se dão de forma automatizada. Além disso, considerando que o número de auditores fiscais têm diminuído ano a ano, fica evidente que não há contingente suficiente para promover retaliações.

“Não existe mais aquele fiscal que bate na porta, pede uma sala e fica dois meses fazendo uma auditoria interna. Esse é um trabalho extremamente improdutivo e ineficiente, e a RF sabe disso. Com a digitalização dos impostos, os próprios algoritmos têm capacidade para fazer fiscalização em pontos que são dignos de uma fiscalização profunda”, garante. “O cenário é totalmente diferente do que já tivemos como realidade”.

Em geral, os créditos resgatados são usados para quitar taxas em aberto, tendo a empresa a possibilidade de definir quando quer usar os recursos, dentro de um prazo estabelecido pelo fisco. “Essa é uma discussão istrativa, em que tratamos direto com o órgão, seguindo a normativa que o próprio publica. A nossa conversão é alta porque, uma vez que se tem a base legal em mãos, são poucos os motivos para não ser aprovado”, destaca Barros.

Atual CEO da Revizia, Vitor Santos atuou por 12 anos em órgãos públicos. Foto: Divulgação

Reforma tributária já virou negócio 3a1h6z

A reforma tributária ainda nem entrou em vigor, mas já há empresas que enxergam nela uma oportunidade de crescer o negócio. A startup Revizia viu a procura pelos seus serviços aumentar em 30% na comparação anual, em um movimento diferente do que esperava com as discussões sobre os impostos unificados.

A empresa afirma que, só nos contratos que fechou neste ano, viu oportunidades de possíveis recuperações na casa de R$ 1,5 bilhão em mais de 2 mil CNPJs diferentes. O ex-auditor fiscal da Receita Estadual de São Paulo, Vitor Santos, agora CEO da Revizia, diz que as companhias aram a se interessar em garantir possíveis créditos existentes antes que novas regras impedissem a solicitação.

Ele também pontua que o crescimento das recuperações judiciais serve como incentivo para o aumento do portfólio de clientes, já que a recuperação de tributos é uma oportunidade para formar caixa e tentar reverter a conta negativa. Segundo dados da Serasa Experian, foram quase 600 solicitações de RJ no primeiro semestre deste ano, um crescimento superior a 50% em relação ao mesmo período do ano ado.

“Nós tivemos um caso de recuperação de R$ 40 milhões de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para uma empresa nesse processo. Esse valor ajudou a amenizar a dor da recuperação judicial”, recorda Vitor, que atuou por 12 anos no setor público.

Para aumentar as chances do crédito tributário, a há uma plataforma SaaS (Software como Serviço) que se conecta ao sistema interno e faz uma espécie de checklist. Desta forma, indica as possibilidades de resgate e tudo que deve estar em conformidade para que a solicitação seja aceita.

“A partir do ingresso do certificado digital, é possível capturar os dados fiscais e contábeis dos últimos anos, e acompanhar todos os processos da empresa”. “Nós replicamos as teses judiciais no sistema, então se o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir que não incide PIS/Cofins sobre ICMS, o cliente recebe imediatamente quanto de dinheiro está envolvido”, exemplifica Santos, que conta com uma consultoria externa especializada para prosseguir com as solicitações.

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Da Faria Lima à Fazenda Boa Vista 1k646v startup quer levar executivos de helicóptero para casa /business/da-faria-lima-a-fazenda-boa-vista-startup-quer-levar-executivos-de-helicoptero-para-casa/ <![CDATA[Wesley Santana]]> Thu, 03 Aug 2023 11:00:51 +0000 <![CDATA[Business]]> <![CDATA[Aeroportos]]> <![CDATA[Airbus]]> <![CDATA[Carros]]> <![CDATA[Embraer]]> <![CDATA[evtol]]> <![CDATA[Inovação]]> <![CDATA[JHSF]]> <![CDATA[Private Equity]]> <![CDATA[Setor aéreo]]> <![CDATA[Tecnologia]]> /?p=2204033 <![CDATA[

Revo inicia sua operação com 2 helicópteros Airbus, que se somam às 88 aeronaves do grupo OHI.Empresa também conta com rota de táxi aéreo para o Aeroporto de Guarulhos; valores vão de R$ 3,5 mil a R$ 5 mil

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<![CDATA[Revo inicia sua operação com 2 helicópteros Airbus, que se somam às 88 aeronaves do grupo OHI.

Com a maior frota de helicópteros da América Latina, a cidade de São Paulo tem mais de 175 helipontos cadastrados na ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), a maioria deles concentrados na região da Faria Lima. E foi justamente neste coração financeiro da capital que a startup de mobilidade urbana Revo resolveu estrear suas operações, nesta quinta-feira (3).

Com dois helicópteros Airbus, a empresa aposta no que classifica como quinta evolução da mobilidade urbana, unindo serviço terrestre e aéreo. O foco está no público de alta renda e, para isso, deve atuar em duas rotas pré-definidas, ligando os escritórios da Faria Lima ao Aeroporto de Guarulhos e à Fazenda Boa Vista, da JHSF, em Porto Feliz.

“Não queremos voar a toda hora, e sim oferecer o serviço para o momento em que faz sentido”, diz João Welsh, CEO da Revo, ao IM Business. “Poucas pessoas estão dispostas a pagar o valor para fretar um helicóptero, portanto, é preciso compartilhar a aeronave para que o custo chegue ao aceitável. Fazemos isso com uma inteligência artificial que entende os horários e nos dá os mais adequados. O cliente encontra o assento disponível, faz a marcação, paga e está reservado”.

Ao todo, serão 40 voos semanais compartilhados entre cinco ou oito ageiros, sendo 30 viagens durante a semana e outras 10 entre sábado e domingo. Os horários são determinados pelo algoritmo que, no caso da rota de Guarulhos, por exemplo, combina a agenda com os períodos de maior fluxo de pousos e decolagens dos aviões comerciais.

Reduzindo pela metade o tempo até o terminal internacional, o valor de cada assento tem preço fixo de R$ 3,5 mil, enquanto a rota para o interior custa R$ 5 mil e leva menos de 30 minutos. A expectativa é alcançar 3,7 mil reservas já neste ano.

Em seu modelo de negócio, a startup chega com o desafio de competir com empresas já consolidadas no mercado nacional, sobretudo o paulistano, como a Flapper, mas argumenta que tem a frota e tecnologia própria como diferenciais.

Conforme destaca Welsh, está nos planos da empresa a extensão da operação para outros locais, especialmente para atender o Aeroporto Catarina, em São Roque, onde parte dos executivos prefere embarcar. No entanto, em razão da disponibilidade de dados operacionais, a rota ainda não pode ser confirmada.

“Existe uma grande vontade, mas faltam dados importantes. Eu não consigo ter no nosso algoritmo as informações suficientes para criar essa rota agora. Quando começarmos a ter mais dados dos fluxos em Catarina, poderemos criar voos para lá”, antecipa, ressaltando que negocia com a istração do aeroporto.

A Revo é subsidiária da portuguesa Omni Helicopters International (OHI), que tem 12 bases no Brasil, de São Paulo a Amazonas, prestando serviços offshore com 90 helicópteros para empresas como Petrobras e Shell. O grupo tem o fundo de private equity britânico Stirling Square Capital como principal acionista e, no ano ado, apurou receita de 300 milhões de euros (cerca de R$ 1,5 bi).

Indicado para presidir novo negócio da OHI, o português João Welsh está de mudança para o Brasil
Indicado para presidir novo negócio da OHI, o português João Welsh está de mudança para o Brasil. Foto: Divulgação

De olho nos eVTOLs x5b4c

Para além da operação atual feita por helicópteros, a Revo está olhando o futuro, já pensando nas aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical (eVTOL). Por isso, a marca tem um contrato de pré-reserva com a Eve Air Mobility para a compra de 50 unidades do carro voador, quando o modelo estiver pronto e aprovado pelos órgãos reguladores.

Segundo dados da Eve, já são 2,8 mil cartas de intenção, sendo 285 pedidos no Brasil. Avantto, Helisul, FlyBis, Flapper e Voar são algumas das marcas que ocupam a fila. Recentemente, a subsidiária da Embraer anunciou sua primeira fábrica para produção de aeronaves voltadas à mobilidade urbana, localizada em Taubaté, no interior de São Paulo.

Ainda não há certeza sobre quando os eVTOLs serão realidade, mas um estudo da consultoria McKinsey projeta que este tipo de equipamento pode estar sobrevoando os céus de grandes cidades até 2030. Na Revo, a expectativa para este cenário futurista é nos próximos cinco anos, quando pretende ser responsável por até 20% do faturamento global do grupo OHI.

“O nosso projeto é se preparar para este futuro. Estamos falando do eVTOL, mas falta todo o restante. Quem vai entrar neste veículo se não se sentir seguro?”, indaga João. “Há muito a ser feito ainda em termos de infraestrutura para que os carros voadores se tornem uma realidade em alguns anos. Estamos entrando primeiro, começando um processo acelerado de aprendizagem com helicópteros para liderar essa transição”.

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No caixa do GPA 22i2m o cupom fiscal (e os dados) vale ouro /business/no-caixa-do-gpa-o-cupom-fiscal-e-os-dados-vale-ouro/ <![CDATA[Wesley Santana]]> Wed, 02 Aug 2023 19:30:48 +0000 <![CDATA[Business]]> <![CDATA[Dados]]> <![CDATA[GPA]]> <![CDATA[Inovação]]> <![CDATA[Inteligência artificial]]> <![CDATA[Tecnologia]]> <![CDATA[Varejo]]> /?p=2200213 <![CDATA[

Em seus dois aplicativos, o Grupo Pão de Açucar já acumula 82% de penetração entre os clientes de suas lojas. Foto: DivulgaçãoRede de supermercado usa base de dados de suas lojas para entregar benefícios direcionados a cada cliente

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<![CDATA[Em seus dois aplicativos, o Grupo Pão de Açucar já acumula 82% de penetração entre os clientes de suas lojas. Foto: Divulgação

Se antes os consumidores dependiam de folhetos de promoções para saber o que estava com preço baixo, hoje ele faz isso direto na tela do celular, contando com ofertas totalmente personalizadas. Compre um e leve dois, 20% em uma marca nova, frete grátis ou some R$ 500 e ganhe cashback, tudo isso é entregue pelas redes de supermercados para fidelizar a clientela que se rendeu ao digital.

Essas promoções são disponibilizadas no próprio aplicativo da loja, que registra os cupons fiscais anteriores e, com base na inteligência de dados, entrega benefícios no momento em que o comprador mais espera.

No Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), que mantém alguns dos maiores programas de fidelidade do varejo alimentar, o uso de dados vai ainda além e também serve para criar uma ponte entre a indústria e o consumidor final. Isto é, mesmo sem ter o a base de cadastros consolidada, uma marca de biscoito pode oferecer um desconto agressivo para que um freguês fiel da concorrência teste seu produto.

“No nosso app, temos muitas ofertas feitas para os clientes, direcionadas ao que ele consome”, diz Robledo Castro, diretor de tecnologia do Grupo Pão de Açúcar. “Paralelamente, junto à indústria, é possível oferecer boas sugestões de troca de uma marca pela outra, de up-sell [levar maior quantidade] ou de incentivar que o cliente experimente itens de uma categoria ”.

E isso virou um negócio, o da monetização de dados, que apoia o supermercado em duas frentes: da indústria alimentícia, que paga para atingir a base de usuários; e do consumidor, que deixa seu ticket em uma unidade do GPA ou no e-commerce. Para apoiar o crescimento deste e de outros projetos de tecnologia, o Pão de Açúcar investiu cerca de R$ 164 milhões no primeiro semestre, conforme balanço divulgado na última semana.

“Inteligência de dados e vendas online são dois dos pilares da companhia para alcançar a meta de ter 20% de participação no segmento digital até 2024. São áreas entendidas como prioritárias e, portanto, temos tratado mais como produtos do que temas”, avalia Castro.

Segundo o GPA, os programas de relacionamento -como Pão de Açúcar Mais e Clube Extra- têm penetração de 82% entre os clientes, que podem aumentar em seis vezes o ticket médio das compras. No e-commerce, o grupo registrou 250 milhões de visitas no ano ado, o que representa um market share de 14% no varejo alimentar.

O desafio agora, segundo a companhia, é se preparar para entender cada vez mais as jornadas dos consumidores, que mudam conforme o evento a que cada um se prepara, se uma compra mensal fixa ou uma festa. A empresa até tem um mapa deste processo, mas existem muitas variáveis, o que dificulta na hora de entregar a oferta pertinente.

“Verificamos uma queda nas vendas do nosso e-commerce direto aos domingos que não se replicava em outros pontos da cadeia, como aplicativos de delivery. Isso acontecia porque neste dia alguns consumidores estavam preparando um churrasco, por exemplo, então queriam uma entrega mais imediata, sendo que fazíamos em dois dias. Começamos a focar em uma solução para entregar no mesmo dia, depois em duas horas e agora já conseguimos em 30 minutos para algumas regiões”, diz Robledo.

“As jornadas mudam muito. O nosso maior desafio neste momento é entender todas elas, especialmente com a segmentação do público, para se adaptar aos diferentes momentos da vida do consumidor”, comenta.

Cupom fiscal é mais que um papel 3g5h44

Embora o cupom fiscal seja recusado ou descartado pelos clientes, para as redes de supermercado ele tem um valor muito superior ao simbolismo, pois indica o comportamento do público. Empresas especializadas fazem a captação das informações da nota para gerar insights estratégicos e otimizar a organização das lojas.

Uma das companhias que atuam nesta etapa da captação dos dados é a Scanntech, responsável pela leitura anual de R$ 600 bilhões em mais de 35 mil lojas pelo Brasil e outros países da América Latina, como o Uruguai, onde foi criada. No caso das redes de supermercado, a empresa tem autorização das marcas para fazer a leitura dos dados no instante da finalização da compra, fazendo um meio de campo entre os setores industrial e varejista.

“A partir dos dados coletados no checkout, formamos um banco com informações granulares que vão ser moduladas e serão acionadas pelo varejo ou indústria. Os supermercados gastavam uma fortuna para saber a que preço o concorrente estava vendendo um produto e precificar o seu com exatidão. Isso mudou com a inteligência de dados”, lembra Thomaz Machado, CEO da Scanntech.

De imediato, essa coleta de informações permite ao lojista organizar seu estoque em tempo real, se preparar para eventuais faltas de produtos ou até para reagir aos preços do concorrente. Seguindo este formato de atuação e servindo as principais marcas do país, como GPA, Coca-Cola, Carrefour e Unilever, a Scanntech aposentou padrões antigos do segmento, como o mapeamento de preços que era feito a mão e por loja.

Com o crescimento dos mercados de proximidades, que não têm espaço para uma grande oferta de produtos, a tecnologia serve também para indicar o sortimento ideal e mínimo que um bairro precisa ter.

“Essa informação ágil e robusta permite gerar insights para ação, o que é muito importante para o segmento de bens não duráveis. Se o concorrente baixou o preço no final de semana, é preciso reagir para não perder o mês. Além de mapear o mercado, é preciso apresentar respostas para os clientes”, destaca Machado, recém-chegado à empresa, depois de uma longa carreira como executivo do grupo Ambev.

Com um aporte de R$ 210 milhões que recebeu no começo do ano do fundo de private equity Warburg Pincus, a empresa tem investido em um clube de promoções, em que intermedia negócios entre os fabricantes e os vendedores de forma automática. Ou seja, os pequenos comerciantes, que não contam com tanta infraestrutura quanto os grandões, poderão oferecer promoções exclusivas em suas lojas por meio de acordos fechados na plataforma digital, caso faça a integração de seu PDV.

“Com este serviço, a indústria consegue ativar promoções em milhares de lojas do país digitalmente, que aceitam, executam a promoção e depois são reembolsadas por isso”. “Temos cerca de 20 projetos de parcerias com fabricantes e supermercadistas, que, uma vez funcionando, se tornarão produtos que aremos a comercializar”, ressalta Thomaz, que projeta dobrar o faturamento anual que foi de R$ 200 milhões no ano ado.

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Desrespeito à Lei de Proteção de Dados gera primeira (e modesta) multa no Brasil 6k2a1g /negocios/primeira-multa-veio-tardia-mas-lei-de-dados-ja-mirou-centenas-de-alvos/ <![CDATA[Wesley Santana]]> Wed, 19 Jul 2023 16:00:52 +0000 <![CDATA[Business]]> <![CDATA[Negócios]]> <![CDATA[Dados]]> <![CDATA[Inovação]]> <![CDATA[INSS]]> <![CDATA[Justiça]]> <![CDATA[Lei de Proteção de Dados]]> <![CDATA[LGPD]]> <![CDATA[RaiaDrogasil]]> <![CDATA[Tecnologia]]> <![CDATA[TikTok]]> <![CDATA[Whatsapp]]> /?p=2189413 <![CDATA[

Além da ANPD, vinculada ao governo federal, tribunais pelo país tem recebido ações oriundas do tratamento de dados por empresas

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Três anos depois da Lei Geral de Proteção de Dados (LPGD) entrar em vigor, na semana ada, saiu a primeira multa sobre tratamento de informações pessoais. A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) decidiu que a empresa de telecomunicação Telekall Infoservice receberia duas penalidades, de R$ 7,2 mil cada, por usar dados de eleitores em uma campanha política municipal.

Na Europa, a primeira sanção desse tipo demorou muito menos, cerca de seis meses. Com base no Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR), um hospital português foi multado em 400 mil euros (mais de R$ 2,1 milhão) por permitir que profissionais de saúde assem prontuários médicos sem autorização dos respectivos pacientes.

Em uma primeira análise, chama a atenção a diferença na aplicação das primeiras sanções no Brasil e na Europa, especialmente em relação ao tempo corrido e os valores da multa. Segundo especialistas, isso se explica no fato de que a legislação deu um ano e meio para que as empresas se adequassem ao texto, além de ter definido, em seu artigo 52, o limite da multa em até 2% do faturamento do CNPJ, sob o teto de R$ 50 milhões por infração. 

Mesmo considerando esses pontos, advogados ouvidos pelo InfoMoney avaliam que o mercado esperava que a primeira decisão da ANPD fosse um pouco mais dura. Isso porque o primeiro caso tem um aspecto educativo, mostrando que o órgão federal está observando a maneira como as companhias tratam os dados de seus usuários.

“A expectativa de quem trabalha na área de proteção de dados é que o alvo desta primeira multa fosse uma empresa da área de tecnologia ou uma grande companhia. Não sei se propositalmente, mas me parece que houve a intenção de seguir um caminho de alerta para que todos, inclusive os pequenos e médios negócios, estejam cientes de que também precisam fazer o processo de adequação à LGPD”, destaca Cristiane Manzueto, advogada especializada em privacidade de dados, sócia do escritório Tauil & Chequer. 

De acordo com a Autoridade, outros 16 processos de fiscalização estão em andamento, investigando marcas de diferentes setores e que carregam banco de dados ainda mais robustos. Embora a existência desses processos seja de natureza pública, o teor da investigação é mantido em sigilo, afirma o órgão.

Entre os citados nas investigações, há bigtechs, como o TikTok e WhatsApp, que somam milhões de usuários cadastrados; autarquias do setor público, como Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que têm informações bastante específicas da população; além de drogarias, como as do grupo RaiaDrogasil, que carregam dados sensíveis de pacientes.

Segundo a legislação, além da penalidade por multa, em casos mais graves, as empresas podem ter proibidas suas atividades relacionadas ao tratamento de dados pessoais. 

“Quando a empresa faz tratamento de dados de alto impacto [caso das redes sociais], a a ter um risco maior e a estar vulnerável a penalidades mais altas. A ideia da LGPD, ao fazer a diferenciação entre multas simples e graves, foi analisar o tipo de tratamento”, explica Manzueto.

O Tribunal de Justiça de São Paulo foi o que mais julgou ações que tinham a LGPD como tema central. Foto: Uso livre
O Tribunal de Justiça de São Paulo foi o que mais julgou ações que tinham a LGPD como tema central. Foto: Uso livre

Discussão avança nos tribunais 12y6i

A LGPD foi criada em um movimento global pela proteção das informações da população, como forma de garantir que as empresas só usassem o que fosse realmente consentido pelo titular. A versão brasileira impõe que a autorizada tem de garantir os mais altos níveis de segurança aos dados que foram cedidos, até porque, embora permitidos, os dados continuam sendo de propriedade dos usuários, nesse caso, os clientes e funcionários.

Por isso, embora exista  a figura da ANPD, que é um órgão federal com a responsabilidade de fiscalização, a justiça comum também analisa e julga ações relacionadas ao assunto. Os tribunais pelo país decidem, por exemplo, sobre o grau de responsabilidade que uma empresa que sofreu vazamento de dados tem no ocorrido.

O da LGPD nos Tribunais, atualizado trimestralmente, mostra que  no primeiro ano da legislação, as decisões judiciais que envolveram aspectos da guarda de informações somaram mais de 580 casos em todo o país. A maior parte dessas petições estavam relacionadas aos incidentes de segurança, mas há casos de inscrição indevida de pessoas físicas nos birôs de crédito, remoção de usuários das redes sociais pelos algoritmos e até pedidos de produção de provas digitais com base em geolocalização.

Conforme explica a advogada Thaissa Garcia, gerente de privacidade e proteção de dados do escritório Albuquerque Melo Advogados, a ANPD é responsável pela parte regulatória, tendo a responsabilidade de fiscalizar o cumprimento da legislação. Já a justiça é o meio pelo qual as pessoas podem pedir indenização, como danos morais e materiais, quando essas se sentem impactadas pela violação dos dados.

“No universo de processos, o número de casos julgado ainda não é proporcional, mas já vemos os tribunais decidindo e seguindo na linha de que é preciso provar um dano. O fato de ter um vazamento de dados, por exemplo, não justifica automaticamente o direito de indenização. O dano moral precisa ferir a personalidade e dignidade, algo mais profundo que um dessabor”.

A especialista avalia essa cautela como razoável, pois o fato de existir a lei não pode servir para que algumas pessoas a enxerguem como forma de obtenção de dinheiro. O tratamento de dados é um assunto complexo -que também envolve os funcionários- e, mesmo em países com legislações mais avançadas, o número de empresas em conformidade ainda não é total, diz.

“Culturalmente, não tínhamos a consciência sobre a gestão deste grande número de dados e foi preciso rever tudo isso, inclusive com a necessidade de cada empregado entender a forma como trabalha”. “Essa lei não tem retorno, é uma realidade mundial necessária. Todas as empresas vão precisar demonstrar que estão em conformidade com a LGPD, assim como estão com a lei anticorrupção”, finaliza.

O que dizem os citados 631r4e

O InfoMoney entrou em contato com todas as empresas citadas nesta reportagem. Leia os posicionamentos a seguir: 

WhatsApp: o processo de fiscalização informado dá continuidade aos diálogos iniciados com a autoridade após o caso concluído em 2022, que teve 100% das recomendações da ANPD atendidas pela companhia. Nesse sentido, o WhatsApp segue cooperando, como de costume, de forma próxima e colaborativa com a Autoridade.

INSS: em relação ao processo de fiscalização da ANPD sobre fluxo de empréstimos consignados, o INSS esclarece que está respondendo à Agência na medida em que os questionamentos são formalizados, uma vez que o processo segue em andamento. As respostas já encaminhadas estão anexadas ao processo. 

RaiaDrogasil: a RaiaDrogasil reitera que exerce suas operações estritamente dentro da legislação vigente, em conformidade com todos os procedimentos e termos da ANPD/LGPD, a fim de garantir a privacidade dos nossos clientes e demais stakeholders. 

Inep: o órgão ligado ao Ministério da Educação, responsável por aplicar a prova do Enem, não respondeu ao pedido de comentário.

TikTok: A ByteDance, empresa controladora do TikTok e do CapCut, também não enviou posicionamento. 

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/negocios/varejista-europeia-hm-vai-desembarcar-no-brasil-em-2025/ <![CDATA[Wesley Santana]]> Mon, 17 Jul 2023 18:34:16 +0000 <![CDATA[Business]]> <![CDATA[Negócios]]> <![CDATA[H&M]]> <![CDATA[Moda]]> <![CDATA[Varejo]]> <![CDATA[Zara]]> /?p=2188441 <![CDATA[

H&M chega ao país em 2025 com lojas físicas e virtual, segundo matriz suecaEmpresa prevê inaugurar lojas físicas e e-commerce; marca já atua em nove mercados da América Latina

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<![CDATA[H&M chega ao país em 2025 com lojas físicas e virtual, segundo matriz sueca

Em comunicado divulgado nesta segunda-feira (17), a gigante sueca Hennes & Mauritz (mais conhecida como H&M) anunciou sua entrada no mercado brasileiro. Presente em mais de 70 países, sendo 9 deles na América Latina, a empresa deve abrir lojas físicas e virtual no país a partir de 2025.

Segundo a marca, o primeiro o do projeto deve acontecer com a inauguração de unidades na região Sudeste do país, mas já há planos de estender a operação para outros estados. Para isso, a europeia fechou parceira com o Grupo Dorben -proprietário de várias marcas de luxo na América Latina- que deve apoiar o processo de chegada ao Brasil.

“Estamos entusiasmados em anunciar a abertura da nossa primeira loja online no Brasil em 2025. Tivemos um bom desenvolvimento na América Latina e vemos um grande potencial no Brasil. Este é um o muito empolgante, e estamos ansiosos para levar o conceito de moda, qualidade e sustentabilidade da H&M ao melhor preço para muitos clientes no país”, diz Helena Helmersson, CEO do Grupo H&M.

H&M chega ao país em 2025 com lojas físicas e virtual, segundo matriz sueca
Segundo matriz sueca, existem mais de 4 mil unidades do grupo H&M em 77 países, além dos 60 mercados em que opera também como loja virtual. Foto: Divulgação

A empresa começou a entrar na América Latina em 2012, quando abriu sua primeira loja no México. Desde então, alcançou Peru, Uruguai, Chile, Colômbia, Equador, Guatemala, Panamá e Costa Rica. 

Listada na bolsa de Estocolmo, a H&M é considerada uma das principais varejistas de moda do mundo, disputando espaço com as espanholas Inditex (dona da Zara) e Mango. Esta última que anunciou, recentemente, retorno ao Brasil depois de 10 anos da saída.

No primeiro trimestre do ano, a H&M registrou um lucro líquido de US$ 69,7 milhões, salto de quase 60% no intervalo de doze meses. Parte deste resultado esteve relacionado à reavaliação da participação acionária na plataforma de revenda de produtos Sellpy, segundo informações da Reuters.

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Após faturar US$ 33 mi 38g32 provedora alemã de conectividade IoT chega ao Brasil /negocios/apos-faturar-us-33-mi-provedora-alema-de-iot-brasil/ <![CDATA[Wesley Santana]]> Mon, 17 Jul 2023 11:00:15 +0000 <![CDATA[Business]]> <![CDATA[Negócios]]> <![CDATA[Alemanha]]> <![CDATA[Inovação]]> <![CDATA[Internet das Coisas]]> <![CDATA[Tecnologia]]> <![CDATA[Telecomunicações]]> <![CDATA[União Europeia]]> /?p=2188165 <![CDATA[

Já em atividade nos Estados Unidos, Emnify escolheu o Brasil para começar sua expansão pela América Latina

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A provedora de rede móvel para internet das coisas Emnify anunciou, nesta segunda-feira (17), sua entrada no mercado brasileiro. Com o a 400 redes de celulares ao redor do mundo, a empresa alemã escolheu o país para começar a estratégia de expansão para outros mercados da América Latina.

O foco da companhia é fornecer conectividade para dispositivos que fazem parte do ecossistema de internet das coisas (IoT, na sigla em inglês), sobretudo no agronegócio. Os chips M2M funcionam do mesmo modo que os tradicionais para smartphones, mas conseguem transmitir dados em uma velocidade maior e de forma segregada, embora use a infraestrutura das grandes operadoras para funcionar.

Além disso, o chip M2M é fabricado com materiais diferentes, pois tem de ser capaz de aguentar condições climáticas extremas e produtos abrasivos. 

No Brasil, a operação da Emnify será comandada por Carlos Campos, que tem longa carreira no setor de tecnologia e telecomunicações. Em entrevista exclusiva ao InfoMoney, o executivo lembra que a provedora faturou 30 milhões de euros no ano ado e que vir ao Brasil está na estratégia de expansão para mercados além da União Europeia.

“Dizer que é uma empresa global sem estar no Brasil, que é um dos maiores mercados da América, não faz sentido. Já tínhamos forte demanda tanto de marcas de fora que queriam vir para o país quanto de clientes brasileiros interessados na nossa tecnologia”, diz. 

“Essa decisão faz parte de um plano de aceleração da Emnify no mundo todo. Recebemos um investimento de US$ 57 milhões, que impulsionou a chegada ao Brasil, aos Estados Unidos -que já acontece desde o ano ado- e em outros mercados-chave”, complementa o diretor-geral. 

Seguindo este objetivo de crescer em escala global, neste mês, a matriz europeia anunciou a contratação de Christopher Ruettgers como diretor de inovação. O executivo atua há muitos anos no setor de telecomunicações, tendo sido, até o mês ado, diretor de produtos da Deutsche Telekom, uma das principais operadoras de telefonia da Europa. 

“A adição de Chris à nossa equipe sinaliza um grande o à frente. Ele demonstrou excelência em suas funções de liderança anteriores no setor de IoT. Estamos confiantes de que sua visão estratégica vai impulsionar nossos esforços de crescimento e inovação”, disse Frank Stoecker, CEO da Emnify.

Por aqui, as vendas de serviços devem começar ainda neste trimestre, mas o sinal da rede de dados já está funcionando em todo o território nacional. A companhia fechou contrato com as principais operadoras do país, em um modelo de parceria, o que, segundo Campos, é o mais adequado para operar em IoT.

“Para ser uma empresa focada em IoT, a Emnify precisa de parcerias com as operadoras locais, que também tem interesse em se desenvolver neste segmento. Como elas tem suas operações muito focadas no uso pessoal, nos celulares, o segmento de IoT, que tem demanda muito específicas, fica desatendido. Então, nós utilizamos as redes dessas operadoras para oferecer um serviço de nicho”, comenta.

Escolhido como diretor-geral da Emnify no Brasil, Carlos Campos já atuou em companhias como Unisys, Xerox, e Lumen Technologies. Foto: Divulgação

IoT em alta no mundo 4y6j5i

Junto da inteligência artificial, tecnologias imersivas e blockchain, a internet das coisas forma o que deve ser a rede do futuro, com os equipamentos se interconectando. Esta é uma das tecnologias previstas para moldar os negócios nos próximos anos, em razão da sua independência de funcionamento, ou seja, sem a necessidade de um ser humano controlando.

De acordo com um estudo da Deloitte, o ecossistema de IoT cresceu de US$ 726 bilhões para US$ 1,1 trilhão nos últimos quatro anos, motivado, entre outros pontos, pelos investimentos na Indústria 4.0. Neste sentido, empresas que oferecem conectividade para esta etapa da cadeia têm tido sucesso, especialmente quando disponibilizam redes mais modernas e avançadas, caso do 4G e do 5G. 

O 5G se destaca entre os padrões de internet por oferecer e para maiores volumes de dados, ter taxas de transferência mais rápidas e menor latência. No final de 2021, o governo federal conduziu uma série de leilões para esta frequência, que movimentaram mais de R$ 46 bilhões.

“A Emnify está pronta para o 5G, e o leilão desta frequência de rede fez parte do interesse de vir para cá”, afirma Carlos. “Nós vamos usar a infraestrutura já disponível no país e estamos observando aplicações que estão surgindo já nativas no 5G, como na área de saúde, que precisam de transmissões instantâneas”.

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Twitter começa a remunerar criadores de conteúdo; valores vão até US$ 40 mil h261z /negocios/twitter-comeca-pagar-criadores-de-conteudo-e-gente-recebeu-us-37-mil/ <![CDATA[Wesley Santana]]> Fri, 14 Jul 2023 19:04:52 +0000 <![CDATA[Business]]> <![CDATA[Negócios]]> <![CDATA[Elon Musk]]> <![CDATA[Inovação]]> <![CDATA[Instagram InfoMoney]]> <![CDATA[Redes Sociais]]> <![CDATA[Tecnologia]]> <![CDATA[Threads]]> <![CDATA[Twitter]]> /?p=2186168 <![CDATA[

Influenciadores relataram pagamentos entre US$ 1 mil e US$ 40 mil; monetização é exclusiva para quem tem 5 milhões de impressões por mês

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Nesta semana, o Twitter começou uma nova era na monetização do conteúdo que circula pela plataforma. Pela primeira vez, a rede social a a dividir com os influenciadores parte dos recursos que recebe com publicidade.

Segundo o Twitter, o compartilhamento de receitas foi lançado inicialmente para um grupo pequeno convidado a participar do programa. Para ser elegível, os usuários devem o serviço Blue -com pagamento mensal de US$ 8 dólares- e ter pelo menos 5 milhões de impressões por mês em suas postagens.

Entre os relatos que circulam pelo aplicativo, os valores pagos aos influenciadores ficam entre US$ 1 mil e US$ 40 mil. Billy Markus, fundador da criptomoeda Dogecoin (DOGE), compartilhou uma imagem de seu “extrato”, mostrando um depósito de US$ 37 mil.

A empresa, porém, não deixa claro se existe uma faixa para pagamento e qual o cálculo usado para definir os valores reados aos usuários.

“Estamos expandindo nossa oferta de monetização de criadores para incluir compartilhamento de receita de anúncios. Isso significa que os criadores podem obter uma participação na receita de anúncios a partir das respostas às suas publicações. Isso faz parte do nosso esforço para ajudar as pessoas a ganhar a vida diretamente no Twitter”, diz a plataforma.

O pagamento vai ser feito a influenciadores baseados em países onde o app de pagamentos Stripe está disponível, meio pelo qual os valores serão depositados. Além disso, eles devem ar por um processo seletivo, sujeito a “revisão humana”, que não está com inscrições abertas.

Esta monetização está em discussão já há alguns meses, inclusive havia sido prometido por Elon Musk no começo do ano. Este formato começa a ser praticado em um momento oportuno, pouco depois do lançamento da rede social concorrente, a Threads, divulgada pelo Instagram na semana ada.

Nos primeiros sete dias, a nova plataforma de textos já recebeu inscrições de 100 milhões de usuários, mesmo ainda não estando disponível em todos os países. Sites que monitoram audiência de novas aplicações mostram, no entanto, que o engajamento no Threads tem caído, ado o hype da primeira semana.

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Caixa por aproximação 96z3o a aposta da Renner para retorno dos clientes às lojas físicas /negocios/caixa-por-aproximacao-a-aposta-da-renner-para-retorno-dos-clientes-as-lojas-fisicas/ <![CDATA[Wesley Santana]]> Fri, 14 Jul 2023 12:00:08 +0000 <![CDATA[Business]]> <![CDATA[Negócios]]> <![CDATA[Inovação]]> <![CDATA[Renner]]> <![CDATA[Tecnologia]]> <![CDATA[Varejo]]> /?p=2183737 <![CDATA[

Novo modelo de caixa automático da Renner permite checkout sem código de barras. Foto: Fabiano PanizziCom mais de 100 anos, varejista foi eleita uma das vinte empresas mais inovadoras do país pelo MIT Technology Review

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<![CDATA[Novo modelo de caixa automático da Renner permite checkout sem código de barras. Foto: Fabiano Panizzi

O cliente chega à loja, escolhe os produtos e se dirige ao caixa para pagamento. Neste momento, percebe que a parte mais fácil de sua jornada é a que vai levar mais tempo, já que a fila está grande e a outra alternativa, o autoatendimento, é burocrático. O resultado é a desistência.

Foi tentando combater esse problema, que contribuia para afastar os clientes das lojas físicas, que as Lojas Renner (LREN3) investiu em soluções inovadoras para pagamento. Além da possibilidade de cobrança junto a um funcionário no meio da loja, a empresa desenvolveu um modelo de caixa automático que dispensa a leitura do código de barras. 

Portanto, basta que o cliente deposite as peças no compartimento, que, automaticamente, elas aparecem na tela para pagamento, agilizando o checkout e dispensando o auxílio de um atendente. O sistema também desativa as etiquetas de segurança, assim que a nota fiscal é emitida.

A inovação é viabilizada pela tecnologia RFID, em teste desde 2019, que detecta o produto através de um microchip que emite ondas de radiofrequência. 

Essa e outras novidades abriram caminho para que a varejista fosse eleita, na semana ada, como uma das empresas mais inovadoras do país, em premiação do MIT Technology Review. Criada em 1922, a Renner tem apostado na tecnologia para continuar lucrando e expandindo no mesmo ambiente de sites internacionais que conseguem oferecer roupas e calçados a preços bem mais baixos.

No primeiro trimestre deste ano, a varejista registrou lucro líquido de R$ 46 milhões, o que representa baixa superior a 75% no acumulado de doze meses, segundo relatório divulgado em maio. A empresa declarou que o resultado se deu em razão de um cenário macroeconômico desafiador, somado a um movimento do mercado que deixou os clientes afastados das lojas físicas.

“Percebemos que a tecnologia contribui para elevar a eficiência em loja, acompanhando as mudanças no comportamento do consumidor. Prova disso é que 35% dos nossos clientes já realizam pagamentos auto assistidos por meio das nossas modalidades de self checkout, o que incluir a solução de autoatendimento”, diz Fabiana Taccola, diretora de operações do varejo, em entrevista exclusiva ao InfoMoney

Segundo dados da empresa, já são realizadas 4 milhões de leituras neste formato todos os dias, nas 181 lojas que contam com o serviço -hoje, existem 431 unidades em funcionamento. Internamente, a tecnologia também permite a atualização e o controle em tempo real do estoque disponível nas lojas. 

“O projeto do RFID permitiu reduzir de vários dias para poucas horas o prazo para realização dos inventários em loja. Diminuímos também em 87% a ruptura de estoques”, destaca Taccola, que atua na companhia há onze anos, depois de uma longa agem na concorrente C&A (CEAB3).

Inovar para expandir 5r1s6a

O Grupo Renner se divide entre cinco marcas que se desdobram para atender diversos públicos, do infantil ao plus size. No entanto, no primeiro semestre, o conglomerado anunciou o fechamento de 20 lojas físicas -a maioria da rede de casa e decoração Camicado-, como forma de se adequar ao movimento dessas unidades que não voltou aos níveis pré-pandemia.

Apesar destes encerramentos, a empresa tem a pretensão de abrir outras dezenas de unidades pelo país e, para atender a futura demanda, construiu um novo centro de distribuição, na cidade de Cabreúva, no interior de São Paulo. Com um investimento na base de R$ 800 milhões, esse CD está previsto para ter seu pleno funcionamento já neste trimestre, com uma infraestrutura altamente tecnológica, que deve permitir um aumento de performance logística.

“Com o nosso novo centro de distribuição, a perspectiva é que o tempo de espera para abastecimento de lojas -atualmente entre 8 e 9 dias- chegue a até 3 dias em 2024. No que se refere aos pedidos de e-commerce, hoje 48% das entregas já são feitas em até dois dias úteis, e isso deve aumentar para entre 70% e 80% até 2025. Além disso, haverá cada vez mais redução do custo de transporte e manuseio, beneficiando o consumidor”, pontua a executiva.

No primeiro trimestre do ano, as vendas online foram responsáveis por movimentar R$ 448 milhões em todo o grupo, registrando uma penetração de 15% no mercado. Os pagamentos com cartões Renner, geridos pela subsidiária de crédito Realize, representam um terço dos valores que circulam tanto pelas lojas físicas quanto pelos sites do grupo.

“A inovação é uma ferramenta que está a serviço do nosso propósito de encantar a todos, por isso ela é trabalhada de maneira transversal na companhia. Entendemos que inovação impacta positivamente toda a jornada do cliente”, finaliza Fabiana.

O ticker da Renner está sob recomendação de compra nas principais corretoras do país. Os analistas da XP Investimentos destacam a varejista como “um player de alta qualidade, com sólidas perspectivas de crescimento por meio da expansão de lojas, do segmento de serviços financeiros e de iniciativas digitais”.

Veja as outras empresas inovadoras 572p32

A lista Innovative Workplaces 2023, divulgada pelo MIT Technology Review, elenca as vinte marcas mais inovadoras do país, sob diferentes aspectos: gestão, marketing, processos e produtos.

Em ordem alfabética, as empresas consideradas mais inovadoras foram: Algar Tech, Boston Scientific, Bradesco Seguros, Brasilprev, Braskem, Carrefour, Claro, Generali, Hilab, Hospital Albert Einstein, iFood, Lojas Renner, Mercado Bitcoin, Nestlé, Octadesk, Petrobras, Siemens, Vibra Energy, VIVO e Wemobi.

Na divisão de setores, Finanças & Seguros e Indústria & Petróleo foram as campeãs, com quatro vencedores cada. Na sequência, aparece o setor de Saúde com três, seguido por um empate dos setores de Alimentação, Telecom, TI e Varejo, com duas companhias cada.

“Tivemos mais de mil empresas empresas inscritas. Nós medimos a capacidade delas executarem a inovação e o quanto entregaram nos últimos doze meses”. “De maneira geral, de 2022 para 2023, vimos um aumento importante na capacidade de inovação porque mesmo as empresas que não ganharam cresceram. A tendência é que o prêmio fique cada vez mais difícil de ser obtido”, destaca André Miceli, CEO da MIT Technology Review e coordenador da pesquisa.

“A Renner, como toda empresa do varejo tem seus desafios, mas usado a inovação para enfrentá-los. A companhia fez um forte investimento no e-commerce, com uma solução bem estruturada de fulfillment [logística de lojas virtuais], para tentar ligar as lojas físicas ao ambiente digital. Ainda existe muito espaço para crescimento, é claro, mas, dentro do segmento, acelerou mais que os concorrentes”, avalia Miceli.

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