Carolina Freitas 273sp InfoMoney /autor/carolinafreitas/ Notícias, ações e muito mais sobre investimentos. Informação que vale dinheiro. Wed, 11 Jun 2025 00:58:15 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8.1 /wp-content/s/2019/10/IM-Favicon.png?fit=32%2C32&quality=70&strip=all Carolina Freitas 273sp InfoMoney /autor/carolinafreitas/ 32 32 161989173 EXCLUSIVO oz23 Democracia brasileira sobreviveu graças ao STF, diz Gilmar Mendes /politica/exclusivo-democracia-brasileira-sobreviveu-gracas-ao-stf-diz-gilmar-mendes/ <![CDATA[Carolina Freitas]]> Wed, 11 Jun 2025 08:00:00 +0000 <![CDATA[Política]]> <![CDATA[8 de Janeiro]]> <![CDATA[Carla Zambelli]]> <![CDATA[Eduardo Bolsonaro]]> <![CDATA[Eleições]]> <![CDATA[Gilmar Mendes]]> <![CDATA[InfoMoney Entrevista]]> <![CDATA[Jair Bolsonaro]]> <![CDATA[Luiz Inácio Lula da Silva]]> <![CDATA[PEC da Segurança Pública]]> <![CDATA[Redes Sociais]]> <![CDATA[STF]]> <![CDATA[Supremo Tribunal Federal]]> /?p=2904596 <![CDATA[

Mais longevo integrante da Suprema Corte, ministro afirmou ao InfoMoney Entrevista que espera que julgamento dos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro seja concluído até o final do ano 2s3q5k

The post EXCLUSIVO: Democracia brasileira sobreviveu graças ao STF, diz Gilmar Mendes appeared first on InfoMoney.

]]>
<![CDATA[

BRASÍLIA – Mais longevo integrante do Supremo Tribunal Federal, há 23 anos no posto, o ministro Gilmar Mendes atribui à Suprema Corte mérito pela manutenção do sistema democrático no Brasil. O país atravessa fortes turbulências desde as eleições presidenciais de 2022, que culminaram com a invasão das sedes dos Três Poderes em Brasília em 8 de janeiro de 2023 por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Os atos golpistas, em julgamento agora pelo STF, se deram uma semana após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Nós mostramos uma grande resiliência durante todos esses quatro anos que se aram. Enfrentamos muitos ataques, ataques concretos”, afirmou o decano do STF ao InfoMoney Entrevista. O magistrado recebeu a reportagem em seu gabinete, no último andar do prédio do Supremo, na capital federal. “Estamos convencidos de que temos cumprido bem o nosso papel. É inegável que, se a democracia brasileira sobreviveu, isso se deve muito ao trabalho de várias instituições e ao trabalho do Supremo Tribunal Federal.”

Gilmar Mendes disse não ver argumento ou justificativa para que se anistie as pessoas envolvidas nos atos golpistas de 8 de janeiro. O episódio é classificado pelo ministro como “extremamente grave”. Enquanto a Primeira Turma do STF conduz o processo contra réus como Jair Bolsonaro e os principais ministros do ex-presidente, parlamentares tentam viabilizar no Congresso um Projeto de Lei da Anistia que alivie as penas de quem for condenado nesse caso.

Ao InfoMoney, o ministro disse esperar que, até o final do ano, esteja concluído o julgamento dos réus de 8 de janeiro. Gilmar chamou a atenção para o fato de que os esforços pela PL da Anistia só se solidificaram quando as investigações mostram que a invasão e depredação dos prédios públicos eram mesmo parte de uma tentativa de golpe de Estado.

Ministro do STF, Gilmar Mendes, fala ao InfoMoney Entrevista (Foto: Reprodução)

“A sensibilidade política só foi aguçada quando vieram os responsáveis pela concepção de algo maior, que era mesmo a tentativa de golpe”, disse o magistrado. “Devemos alertar a opinião pública de que se trata de uma falsa solidariedade. Estão solidários com essas pessoas, na verdade, porque vêm a possibilidade de punição de quem se envolveu em algo muito mais sério, que foi não validar a eleição, matar presidente, vice-presidente, ministro do Supremo Tribunal Federal.”

Na entrevista, Gilmar Mendes analisou ainda a situação jurídica de dois aliados próximos de Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro e Carla Zambelli; comentou sobre o Marco Civil da Internet e a PEC da Segurança Pública; e compartilhou sua visão sobre o cenário em que se darão as eleições presidenciais de 2026.

As jornalistas do InfoMoney Carolina Freitas e Marina Mota entrevista o ministro do STF Gilmar Mendes. (Foto: Reprodução)

Confira abaixo os principais trechos da entrevista de Gilmar Mendes ao InfoMoney Entrevista:

InfoMoney Entrevista – Ministro, a gente tem nessa semana uma série de depoimentos colhidos dos réus do caso do 8 de janeiro. Queria começar ouvindo o senhor sobre o andamento desse processo. Qual é o horizonte para que haja uma conclusão desses casos relacionados ao 8 de janeiro e como na avaliação do senhor os trabalhos vêm caminhando">InfoMoney.

]]>
2904596
Na Itália 583c6y grife; no Brasil, recuperação judicial da fabricante: como está a Fiorucci /business/na-italia-grife-no-brasil-recuperacao-judicial-da-fabricante-como-esta-a-fiorucci/ <![CDATA[Carolina Freitas]]> Sat, 07 Jun 2025 12:58:00 +0000 <![CDATA[Business]]> <![CDATA[Cosméticos]]> <![CDATA[Curiosidades]]> <![CDATA[Itália]]> <![CDATA[Moda]]> <![CDATA[Recuperação judicial]]> /?p=2897725 <![CDATA[

Apesar de dividirem o mesmo nome, a Fiorucci brasileira, com presença em lojas de departamento, mercados, farmácias e perfumarias é diferente da Fiorucci da Itália; entenda

The post Na Itália, grife; no Brasil, recuperação judicial da fabricante: como está a Fiorucci appeared first on InfoMoney.

]]>
<![CDATA[

Apesar de dividirem o mesmo nome, a Fiorucci que chegou no mercado brasileiro na década de 1980 e está presente até hoje em lojas de departamento, mercados, farmácias e perfumarias é diferente da Fiorucci da Itália. E enquanto uma delas atravessa um processo de recuperação judicial, a outra segue criando tendências de moda na Europa.

A terceirista de cosméticos Greenwood detém a marca Fiorucci no segmento de cosméticos e higiene pessoal no Brasil desde 1975 e é a responsável pela fabricação de perfumes, colônias, sabonetes líquidos, hidratantes, desodorantes e outros itens de cuidados pessoais da marca.

Leia também: Catupiry: como a marca que criou o requeijão cremoso virou um clássico brasileiro

Mas apesar da longevidade da relação, as coisas não vão bem. A Greenwood teve o seu pedido de recuperação judicial deferido pela Justiça em março de 2025. A informação foi divulgada pela advogada responsável pelo caso, Veronica Meireles, em uma publicação no LinkedIn.

O ivo sujeito à RJ da Greenwood é de aproximadamente R$ 7,5 milhões, o que motivou cortes de salários, revisão de fornecedores e outras ações para enxugar os custos e despesas, segundo fontes que falaram ao InfoMoney sob condição de anonimato, por temerem retaliações.

Além disso, os empresários Victorio e Dario Ceragioli, que foram os responsáveis por trazer e estabelecer a marca no Brasil no segmento de moda, foram afastados do dia a dia da companhia, permanecendo apenas no conselho istrativo.

Assim como a sua “irmã postiça” da Itália, a Fiorucci chegou ao país como uma marca de moda, trazendo para o país nas décadas de 1980 e 1990 o estilo jovem, colorido e irreverente que caracterizava a grife italiana.

Leia mais: Zoomp: o que aconteceu com a marca do ‘raio amarelo’?

No entanto, com o ar do tempo, a Fiorucci deixou de atuar como marca de roupas no Brasil, razão pela qual, hoje, o nome Fiorucci está associado quase que unicamente à marca de cosméticos e cuidados pessoais que é gerida pela Greenwood.

Já a Fiorucci italiana, fundada por Elio Fiorucci em 1967, em Milão, e que ficou conhecida como a “marca dos anjinhos” por causa do logo, foi adquirida pela investidora suíça Dona Bertarelli em 2022 e está sob a liderança do CEO Alessandro Pisani e da Diretora Criativa sca Murri.

Foi ainda nas décadas de 1970 e 1980 que a Fiorucci europeia ganhou fama internacional, abrindo lojas em Londres e Nova York. A loja de Nova York virou um endereço cult, frequentado por artistas como Andy Warhol e até Madonna. A marca foi pioneira em lançar tendências, como o jeans stretch com lycra e linhas de moda fitness inspiradas em fenômenos culturais como o filme Flashdance.

Leia mais: Pakalolo: que fim levou a icônica marca de moda dos anos 90?

A Fiorucci também inovou no conceito de loja, oferecendo espaços com música, performances, restaurante e brechó. Ao longo dos anos, colaborou com grandes nomes como Jean Paul Gaultier e Naomi Campbell. Em 1990, foi comprada pela empresa japonesa Edwin International, e Elio Fiorucci deixou a marca em 2001, as duas últimas movimentações antes da aquisição por Dona Bertarelli.

The post Na Itália, grife; no Brasil, recuperação judicial da fabricante: como está a Fiorucci appeared first on InfoMoney.

]]>
2897725
Conheça Mibot 1l564p mini-carro elétrico japonês que cabe numa van e é sucesso de vendas /business/conheca-mibot-mini-carro-eletrico-japones-que-cabe-numa-van-e-e-sucesso-de-vendas/ <![CDATA[Carolina Freitas]]> Sat, 07 Jun 2025 12:00:00 +0000 <![CDATA[Business]]> <![CDATA[Automóveis]]> <![CDATA[Carros]]> <![CDATA[Curiosidades]]> <![CDATA[Empreendedorismo]]> <![CDATA[Inovação]]> <![CDATA[Japão]]> <![CDATA[Nissan]]> <![CDATA[Startup]]> <![CDATA[Tecnologia]]> <![CDATA[Toyota]]> /?p=2900235 <![CDATA[

Veículo com capacidade para levar uma só pessoa custa R$ 39 mil e já tem 1.650 unidades vendidas antes mesmo do início da produção em série

The post Conheça Mibot, mini-carro elétrico japonês que cabe numa van e é sucesso de vendas appeared first on InfoMoney.

]]>
<![CDATA[

Um youtuber japonês conseguiu um feito de fazer inveja a grandes montadoras: vendeu 1.650 carros elétricos antes mesmo de começar a produzi-los em série. Para se ter uma ideia, a Toyota comercializou ao longo de um ano, em 2024, no Japão, 1.012 unidades do bZ4X, principal modelo 100% elétrico da empresa. A líder Nissan vendeu 23.000 veículos Sakura no país no mesmo período.

O influenciador responsável pela improvável conquista foi Kazunari Kusunoki, de 43 anos, fundador da startup KG Motors, que fabrica o minúsculo Mibot.

Com 1,1 metro de largura e 2,5 de comprimento, o Mibot nasceu em 2022 com a promessa de transformar a mobilidade urbana ao oferecer uma alternativa prática para deslocamentos individuais. O mini-carro elétrico tem um único assento e capacidade total de até 100 kg – ou seja, o motorista não pode ser lá muito pesado.

Mibot, mini-carro da japonesa KG Motors. (Foto: Reprodução)

As reservas para comprar o Mibot abriram em julho de 2024 e são feitas por meio de um formulário no site da KG Motors. A produção dos carros está prevista para começar em outubro deste ano.

Um dos trunfos de Kusunoki é ter compartilhado no canal do Youtube dele todo o processo de pesquisa, desenvolvimento, protótipo, testes e montagem do Mibot. O canal, que tem o mesmo nome da empresa, conta hoje com 213 mil inscritos.

Mibot, mini-carro da japonesa KG Motors. (Foto: Reprodução)

O Mibot oferece autonomia de até 100 km por carga, com recarga completa em cerca de 5 horas em uma tomada comum de 100V AC. A velocidade chega aos 60 km/h. Para se ter uma ideia, o carro é tão compacto que pode ser transportado dentro de uma van.

E quanto custa esse pequenino? Cerca de 1 milhão de ienes, o equivalente a R$ 39 mil. O mini-carro está disponível nas cores azul, branco, amarelo, cinza e marfim. Por enquanto, no entanto, nada foi dito sobre planos da KG Motors de trazer o Mibot para o Brasil.

Mibot, mini-carro da japonesa KG Motors. (Foto: Reprodução)

Confira em vídeo o Mibot circulando pelas ruas do Japão, em um teste de autonomia do modelo, produzido pelo fundados da KG Motors, Kazunari Kusunoki:

The post Conheça Mibot, mini-carro elétrico japonês que cabe numa van e é sucesso de vendas appeared first on InfoMoney.

]]>
2900235
Caiado 1f5766 Questão do IOF é sinal de governo Lula nos últimos estertores e desesperado /politica/caiado-questao-do-iof-e-sinal-de-governo-lula-nos-ultimos-estertores-e-desesperado/ <![CDATA[Carolina Freitas]]> Wed, 04 Jun 2025 08:00:00 +0000 <![CDATA[Política]]> <![CDATA[Agro]]> <![CDATA[Anistia]]> <![CDATA[Eleições 2026]]> <![CDATA[Fernando Haddad]]> <![CDATA[Goiás]]> <![CDATA[Governo Federal]]> <![CDATA[InfoMoney Entrevista]]> <![CDATA[IOF]]> <![CDATA[Jair Bolsonaro]]> <![CDATA[Luiz Inácio Lula da Silva]]> <![CDATA[Ronaldo Caiado]]> /?p=2894831 <![CDATA[

Ao InfoMoney Entrevista, governador de Goiás, que é pré-candidato a presidente, prometeu, se eleito, "anistia ampla e irrestrita" a Bolsonaro e outros envolvidos em 8 de Janeiro

The post Caiado: Questão do IOF é sinal de governo Lula nos últimos estertores e desesperado appeared first on InfoMoney.

]]>
<![CDATA[

No segundo mandato como governador de Goiás e pré-candidato à Presidência da República, Ronaldo Caiado (União Brasil) avalia que o governo Lula “não deu certo” e “está nos últimos estertores” – a respiração ruidosa característica dos momentos finais de vida. As declarações foram feitas ao programa InfoMoney Entrevista.

Para Caiado, a questão do IOF – um anúncio de aumento de alíquota pelo governo federal, que depois recuou e agora negocia o aval do Congresso – é sinal de uma gestão mal sucedida. Ele destacou a falta de diálogo por parte do governo com o setor produtivo e com o Congresso antes do primeiro anúncio.

“Isso aí é realmente um governo que não deu certo, que está nos últimos estertores e, como tal, desesperado, faz essas atitudes aí”, afirma.

Na opinião do governador, o aumento do imposto penaliza empresários, inclusive os médios e pequenos, e a população de baixa renda e de classe média que depende de crédito. Caiado comparou o IOF à MF, imposto extinto e que era cobrado cada vez que as pessoas faziam uma movimentação bancária.

Governador de Goiás, Ronaldo Caiado, participa do InfoMoney Entrevista. (Foto: Fabio Teixeira/InfoMoney)

O governador goiano foi o primeiro entre os nomes da centro-direita a se oficializar como pré-candidato a presidente nas eleições de 2026. Ao InfoMoney, lançou uma promessa: oferecer anistia “ampla e irrestrita” a todos os envolvidos nos atos golpistas de 8 de Janeiro. O mais ilustre acusado de promover a tentativa de golpe é o ex-presidente Jair Bolsonaro, de quem Caiado é aliado.

O político diz que promoveria a anistia como o objetivo de pacificar o país e se compara ao ex-presidente Juscelino Kubitschek: “Eu vou dar uma de Juscelino Kubitschek. Fizeram o golpe com ele, realmente existiu um golpe, e ele foi lá e falou, olha, deixa eu trabalhar, anistia esse pessoal aí, deixa eu criar Brasília, deixa eu desenvolver o Brasil, deixa eu chegar no centro-oeste brasileiro, deixa eu levar o desenvolvimento para o país.”

Governo Trump e os goianos 1b2c6l

Questionado sobre as deportações feitas pelo governo Trump, Caiado disse que não é novidade, pois o presidente americano avisou na campanha que faria isso. Goiás, governado por Caiado, é um dos estados que tem mais imigrantes ilegais nos Estados Unidos. Para o governador, todos que estavam lá sabiam exatamente o que iria acontecer.

“Quem o elegeu foi o povo americano, em cima de um programa dele, de governo. Então, eu sinto muito. Quando eu perco a eleição, eu perdi. Quando eu ganhei, eu ganhei. Eu ganhei com o meu plano de governo. O cidadão não pode ficar amanhã surpreso”, alerta Caiado.

Confira os principais trechos do InfoMoney Entrevista com Ronaldo Caiado:

InfoMoney: Recentemente, o governo Lula aumentou o IOF, houve uma reação ruim, o ministro Fernando Haddad recuou em alguns pontos, mas o aumento está aí. Qual a análise do senhor sobre esse primeiro anúncio e as consequências dele?

Ronaldo Caiado: É algo que mostra o total desacerto do governo. O governo está perdido. Não só do ponto de vista político, mas também do ponto de vista de diálogo. Não chamou ninguém para conversar. Não consultou o Congresso, não consultou os empresários. Simplesmente calculou o seguinte: vou ampliar meus gastos.

No governo Lula, em dois anos e seis meses, eles aumentaram a proporção dívida/PIB em 4,36%. Eles não têm limite. Ao não ter limite, ele caminha uma pauta populista em que tem que cada vez mais asfixiar o cidadão que trabalha e que paga imposto no Brasil.

Isso me lembra bem, eu era parlamentar no Congresso Nacional, quando nós derrubamos o MF, que era aquele imposto que você dava o cheque e tirava o seu dinheiro. O IOF é parecido. Ou seja, você faz um empréstimo bancário, você renova o empréstimo de três em três meses, vem aquela conta do IOF de novo na sua conta.

O cidadão que comprou lá a geladeira, um fogão, um liquidificador, aquele custo do IOF já está naquela parcela que ele vai pagar naquele produto. Ou seja, é uma situação que o cidadão não sabe mais como continuar na atividade empresarial, ou do pequeno empreendedor, ou do MEI.

Qual é o incentivo hoje que você dá ao empreendedor, ao pequeno e médio empresário, aquele cidadão que precisa de empréstimo bancário para girar a sua empresa? Como é que ele vai sobreviver se ele não vê uma outra alternativa que não seja essa de fazer um empréstimo? Sendo que o governo não só aumentou a taxa Selic, como também agora aumentou o IOF. Então, não tem para onde correr. Para onde ele corre, ele toma juros, toma mais cobrança.

Eu acredito que, neste momento, tanto o presidente da Câmara quanto o Senado, deverão, com as lideranças partidárias, dizer, olha, é insustentável esse processo, isso aí vai cada vez mais estrangular o país. Todo mundo vai ter medo de produzir no Brasil.

Isso aí é realmente um governo, que não deu certo, a realidade é essa. É um governo que não deu certo, que está nos últimos estertores e, como tal, desesperado, faz essas atitudes aí, que estão levando o empresariado cada vez mais, é o pequeno, o médio, o cidadão que mais precisa de crédito, neste momento, que está mais endividado, é o cidadão de baixa renda, de média renda, e vai tomar um emprestimozinho e IOF na cabeça.

IM: Parece que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, faz alguma tentativa de avançar na pauta econômica, mas existe também uma ala política que segura esses movimentos. O senhor tem esperança de que algo da pauta econômica avance ainda neste mandato do Lula e, se sim, o que poderia avançar?

Caiado: É um governo que chega aos dois anos e cinco meses e que não fez até agora, é muito difícil ele fazer alguma coisa. Sabe por quê? Porque o governo transmitiu para a população um sentimento de não ter um projeto para o país e o não cumprimento daquilo que ele afirmou rear aos seus eleitores. Não tem nada pior do que a perda da esperança. É isso que você vê. O terceiro governo do Lula é um governo que não deu certo em nada, em nada. Em todas as áreas que ele tentou ressuscitar programas anteriores, projetos antigos, isso aí não saiu do lugar.

Por exemplo, [Lula disse ] “vou atender cada governador com três obras que eles desejarem em seus estados”. A minha obra nunca chegou em Goiás. Nenhuma.

Vejo hoje mais o brasileiro preocupado para ver como é que a gente pode construir um processo em 2026 para que medidas sejam tomadas e que a gente venha resgatar mais esses quatro anos perdidos.

IM: O senhor já apresentou o seu nome como um pré-candidato a presidente em 2026. Por que o senhor decidiu fazer isso já? Qual é a vantagem de ter apresentado o nome a um ano e meio das eleições?

Caiado: Não adianta você querer ser candidato a partir da convenção. A convenção do partido acontece no meio de julho de 2026. Até você registrar a candidatura, você tem 40 dias de campanha. Como é que você vai discutir um assunto ou um projeto ou a sua plataforma principal com 40 dias de uma campanha? O governo tem a máquina de governo, tem o presidente que é candidato a reeleição, então ele está fazendo campanha todo dia. Nós, na oposição, nós precisamos andar. Por quê? Porque nós precisamos levar aquilo que nós fizemos.

Essa eleição de 2026 é um divisor de águas muito sério. O Brasil está caminhando num processo de perda de representatividade, de expansão da sua capacidade de produzir riqueza no país e com isso está ficando caudatário de todos os blocos que o país hoje participa. Seja do G20, seja hoje do BRICS, nós só não perdemos ainda para a África do Sul. O resto nós já somos caudatários.

Eu não sou candidato a presidente para ser candidato à reeleição. Eu já disse, eu só serei candidato com um mandato. O presidente que for eleito para cuidar da sua reeleição, não vai tratar da pauta econômica, não vai tratar da pauta istrativa, não vai poder estimular o que se precisa ter hoje da contenção de gastos.

São todos assuntos que são da alçada do Presidente da República e que não são hoje tratados. Eles são simplesmente adiados e cada vez mais acumulando uma sobrecarga para o contribuinte brasileiro.

IM: Dentro do espectro político da centro-direita temos outros nomes colocados. Tem o governador aqui de São Paulo, Tarcísio de Freitas, Ratinho Júnior, do Paraná, Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul. Qual é a defesa que o senhor faz do seu nome em detrimento destes outros nomes?

Caiado: Eu não sou de fazer a campanha baseado em críticas em relação aos demais. Eu governei meu estado, um estado falido, quebrado, bloqueado no Tesouro Nacional, capaz de ser inviabilizado, devendo R$ 6,8 bilhões para credores, para servidores do mês de novembro e dezembro do ano de 2018, colapsado.

Hoje, é um Estado que tem hoje a liquidez de R$ 15 bilhões em caixa. É um estado que paga tudo em dia. É um estado que fez a reforma istrativa, fez reforma da Previdência, fez corte de incentivos fiscais e, ao mesmo tempo, teve um controle rígido com o dinheiro arrecadado. Respeitando aquele dinheiro e colocando secretários de altíssimo padrão.

Eu sou o governador mais bem avaliado do país, com 86% de aprovação. Esse trabalho todo que é feito, a pessoa vê o rendimento quanto a uma gestão. Ela é bem feita, ela é responsável. E é isso que o Brasil precisa ter neste momento.

IM: Sua gestão em Goiás, é, de fato, muito bem avaliada. O senhor foi aliado do presidente Bolsonaro, mas também divergiu dele em relação à pandemia. Qual a avaliação que o senhor faz hoje, em retrospecto, da gestão Bolsonaro?

Caiado: Sempre fui um político com muita independência. Se teve um ponto de divergência entre eu e Bolsonaro foi no período da pandemia. Naquele momento, eu, como médico que sou, eu entendo muito mais de pandemia do que ele. Fui o primeiro Estado a fazer o decreto de isolamento social. A minha responsabilidade, acima do meu cargo de governador, é o meu juramento, é salvar vidas.

No entanto, eu não posso desconhecer que o Bolsonaro é uma liderança que conseguiu mobilizar a centro-direita brasileira para poder sair de casa e realmente ter uma vida ativa, debatendo, levando suas ideias às praças públicas, tendo mobilizações de milhares e milhares de pessoas que até então você não via. Veja, eu comecei esse trabalho em 1986.

E Bolsonaro conseguiu fazer e trazer toda essa população brasileira que tem um sentimento de centro-direita para poder se expressar e ser majoritária nas urnas na grande maioria dos Estados.

Não posso deixar de reconhecer também as obras, o processo da privatização da ferrovia Norte-Sul. Goiás, do ponto de vista de ferrovias, vai ficar bem atendido. E esses dois acontecimentos vieram no governo dele.

IM: O senhor já defendeu que, se eleito presidente, vai anistiar o ex-presidente Jair Bolsonaro. Essa anistia vale apenas para o Bolsonaro? Ou para todos os envolvidos no 8 de janeiro, sejam eles participantes ou mentores? É uma anistia ampla e restrita? E por que o senhor faria essa anistia?

Caiado: Você tem hoje mais de dois anos que essas pessoas estão presas, você tem que modular as penas, porque você não pode ter um tratamento idêntico para todas as pessoas. Em segundo lugar, se você buscar esses últimos dois anos e cinco meses, o Brasil discutiu alguma coisa relevante? Ou foi exatamente essa pauta que tomou conta do Brasil? Lula assumiu na campanha o compromisso de que ia governar para pacificar, mas o que você viu não foi isso, foi um acirramento dos dois lados.

IM: A anistia valeria para as pessoas presas há dois anos e valeria também para aqueles que foram responsáveis, que articularam o golpe, e para o presidente Jair Bolsonaro? Seria uma anistia ampla e irrestrita?

Caiado: No dia 1º de janeiro, depois que eu o meu diploma, o primeiro ato vai ser anistia pleno a todos, de 8 de janeiro, pleno, entendeu? Quer dizer, só não vai ser a primeira que a primeira é no diploma. A segunda minha vai ser um ato único, você está dizendo, encerrou essa discussão no Brasil.

A situação está encerrada. Eu vou dar uma de Juscelino Kubitschek. Fizeram o golpe com ele, realmente existiu um golpe, e ele foi lá e falou, olha, deixa eu trabalhar, anistia esse pessoal aí, deixa eu criar Brasília, deixa eu desenvolver o Brasil, deixa eu chegar no Centro-Oeste brasileiro, deixa eu levar o desenvolvimento para o país.

IM: Falando agora de cenário internacional, Goiás é muito dependente do agronegócio. Essa política protecionista do Trump nos EUA afeta os negócios do seu Estado?

Caiado: Não. Lá em 2017 que ele fez isso, foi o período que mais nós conseguimos valor na soja.

IM: Goiás é um dos Estados brasileiros que tem mais imigrantes nos Estados Unidos. Como o senhor enxerga essa política de deportações do governo Trump?

Caiado: Isso foi novidade? Trump disse isso na campanha. Novidade seria se ele não tivesse dito isso. Todo mundo sabia que iria fazer isso. Qual é a surpresa? Ele foi eleito pelo voto. Quem o elegeu foi o povo americano, em cima de um programa dele, de governo. É isso que a gente precisa aprender: o que se fala numa campanha, é o que se faz.

IM: Qual a opinião do senhor sobre declarações do governo Trump de que vai caçar vistos de autoridades de outros países e, no caso brasileiro, do ministro Alexandre de Moraes? O senhor acha que isso é uma interferência externa aqui no Brasil?

Caiado: Neste assunto, eu agiria pela diplomacia, que você não tem neste governo também. A diplomacia não é a sua identidade ideológica. A diplomacia conversa com países de esquerda, com países de centro, com países de direita. E até com ditaduras.

Se eu fosse presidente da República, eu iria lá sentar com o presidente dos EUA e falar da importância do Brasil na América Latina. Se tem um aliado dos Estados Unidos, sempre foi a América Latina. A posição de um presidente da República é não deixar chegar nesta condição.

IM: Voltando ao Brasil, para falar de segurança pública, temos uma comissão especial da Câmara para analisar uma PEC sobre o tema. Está na fase justamente de ouvir os governadores. O que o senhor defende em relação à PEC da Segurança Pública?

Caiado: Que isto é mais uma invasão das prerrogativas e direitos dos Estados. Está se invadindo uma causa pétrea, que é desmontar os entes federados. O artigo 22 desse projeto diz que o governo federal vai definir as políticas e os governadores têm que cumprir aquela política definida por ele. Eu pago a polícia, eu arco com toda despesa e agora essa mudança na Constituição quer tirar o que a Constituição de 1988 deu a nós como condição do federalismo brasileiro, dos governadores praticarem ali, ou seja, publicarem ali os seus atos, a sua política de segurança, os seus programas de segurança pública. Essas regras da segurança são prerrogativa do governador.

O ministro da Justiça pode decidir sobre as polícias dele, mas não invadir a prerrogativa dos estados. Se quer parceria, nós estamos abertos. Integrar as polícias, ótimo, mas não é tirar o poder do governador e dizer, agora, é um iluminado que está no Ministério da Justiça que vai dizer como combater o crime no Acre, em Rondônia, no Ceará, em Goiás, no Rio Grande do Sul e ele sabe mais do que quem está ali dentro, vivendo aquela realidade.

É um processo de desidratação dos entes federados. É isso que está sendo montado nesse atual governo. Eles querem se apoderar e, cada vez mais, diminuir a influência dos estados diante daquilo que é distribuição de renda e, ao mesmo tempo, segurança pública.

IM: É possível aproveitar algo da PEC da Segurança Pública ou a estratégia é que o projeto não avance, por parte dos governadores?

Caiado: Eu apresentei uma proposta de PEC ao ministro Lewandowski. Desde que ele tomou posse, eu venho mostrando a ele que você precisa fazer uma política de segurança pública que tenha eficiência, que tenha resultado. O cidadão hoje não tem liberdade para nada. Não tem para pegar um ônibus. Não tem para andar. A situação é grave.

IM: O senhor sentiu abertura do ministro Lewandowski para essa discussão?

Caiado: Eu converso sempre com ele, mas não dei conta de convertê-lo até hoje.

IM: É uma batalha…

Caiado: É uma batalha. Mas a população já mostrou que eles vão perder. Hoje a situação chegou a tal proporção que é inissível a omissão do Estado, a complacência do governo federal com o crime. Essa é a tristeza. O Congresso Nacional e o governo federal não deram conta até hoje de elaborar uma lei para bioinsumos no Brasil, não se aprova um marco regulatório de inteligência artificial. Onde está a pesquisa brasileira?

IM: O senhor trouxe dois pontos: investimento em ciência e educação e o papel de um presidente de ser um líder para a pacificação. E foram pontos em que o governo Bolsonaro também deixou a desejar, não?

Caiado: Sim, concordo plenamente. Não se governa construindo guerra, se governa construindo a paz.



The post Caiado: Questão do IOF é sinal de governo Lula nos últimos estertores e desesperado appeared first on InfoMoney.

]]>
2894831
ASSISTA 6u1s6q Live do InfoMoney traz dicas e tira dúvidas sobre Imposto de Renda /minhas-financas/imposto-de-renda-2025-live-do-infomoney-traz-dicas-e-tira-duvidas-para-declaracao/ <![CDATA[Carolina Freitas]]> Wed, 28 May 2025 16:03:42 +0000 <![CDATA[Minhas Finanças]]> <![CDATA[Imposto de Renda]]> <![CDATA[Impostos]]> <![CDATA[Investimentos]]> <![CDATA[Receita Federal]]> <![CDATA[Tributação]]> /?p=2886162 <![CDATA[

InfoMoney faz transmissão ao vivo com Alice Porto, a contadora da Bolsa, e orientações sobre como declarar seu Imposto de Renda; prazo termina nesta sexta (30) às 23h59

The post ASSISTA: Live do InfoMoney traz dicas e tira dúvidas sobre Imposto de Renda appeared first on InfoMoney.

]]>
<![CDATA[

Ainda não declarou o seu Imposto de Renda 2025? Pois aqui está a chance de tirar suas dúvidas e entregar a declaração no prazo, sem erros e com o máximo de eficiência: o InfoMoney promove nesta quarta-feira (28) a partir das 13h uma live no YouTube para tratar do assunto.

Leia também: Aposentado e ainda na ativa? Saiba como declarar duas fontes de renda no imposto

A repórter do InfoMoney Malu Dourado conversa com a especialista Alice Porto, a contadora da Bolsa. A transmissão ao vivo é a última oportunidade para saber como apresentar à Receita Federal os ganhos, investimentos e gastos possíveis de serem deduzidos, para garantir uma boa restituição após a declaração.

Leia também: Errei na declaração do Imposto de Renda, como posso retificar? Veja 5 os simples

O prazo para entregar a declaração de Imposto de Renda termina nesta sexta-feira, dia 30 de maio, às 23h59.

Malu Dourado e Alice Porto, a contadora da Bolsa, apresentam live com dicas e tira-dúvidas sobre a declaração de Imposto de Renda 2025. (Foto: Reprodução)

Quem deve declarar Imposto de Renda? 6552u

Pessoas físicas residentes no Brasil que tiveram, no ano ado, rendimentos tributáveis sujeitos ao ajuste acima de R$ 33.888,00;
Quem recebeu rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, superiores a R$ 200 mil, em 2024, como doações e herança;
Quem, no ano ado, teve receita bruta superior a R$ 169.440,00 em atividade rural;
Quem pretende compensar prejuízos com a atividade rural de anos-calendário anteriores ou do próprio ano-calendário de 2024.
Quem tinha, em 31 de dezembro de 2024, bens e direitos (como imóveis, veículos e investimentos) que, somados, superavam R$ 800 mil;
Quem teve ganho de capital na alienação de bens ou direitos sujeitos ao IR;
Quem realizou operações de alienação (venda) em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas cuja soma foi superior a R$ 40 mil no ano; ou que teve lucro sujeito à incidência de imposto nas vendas;
Quem vendeu, no ano ado, imóvel residencial e usou o recurso para compra de outra residência para moradia, dentro do prazo de 180 dias da venda, e optou pela isenção do IR;
Pessoas que aram a residir no Brasil em qualquer mês do ano ado;
Quem possuir investimentos em trust no exterior;
Quem optou pela atualização a valor de mercado de imóveis;
Quem auferiu rendimentos do exterior provenientes de aplicações financeiras e dividendos de controladas;
Quem optou por detalhar bens do exterior da entidade controlada como se fossem da pessoa física.

Quem não se enquadra em nenhuma das hipóteses acima está automaticamente dispensado de apresentar a Declaração de Imposto de Renda.

Também está dispensada de apresentar a declaração a pessoa que constar em declaração de outra pessoa física. É o caso dos filhos que estão incluídos como dependentes dos pais.

Até quando vai a declaração do Imposto de Renda em 2025? v4610

A temporada de entrega da Declaração de Imposto de Renda Pessoa Física 2025, ano-base 2024, acontece entre 17 de março e 30 de maio. A estimativa da Receita Federal é de que 46,2 milhões de pessoas entreguem o documento em 2025.

Quem não apresentar ou entregar a declaração fora do prazo vai pagar multa de, no mínimo R$ 165,74, mesmo que não tenha imposto a pagar. O valor máximo é o equivalente a 20% sobre o IR devido.

O que mudou no Imposto de Renda 2025? 4915f

Neste ano, ocorreram duas mudanças de limites atreladas à nova tabela progressiva do IR. O limite de rendimentos tributáveis ou de R$ 30.639,90 para R$ 33.888,00, e o da receita bruta de atividade rural foi de R$ 153.999,50 para R$ 169.440,00.

Além disso, duas obrigatoriedades foram inseridas na lista. Uma delas, com base na Lei n° 14.973/24, inclui entre os que devem declarar IR quem atualizou imóveis pagando ganho de capital diferenciado em dezembro de 2024.

A outra, baseada na Lei n° 14.754/23, abrange quem teve rendimentos no exterior provenientes de aplicações financeiras e dividendos.

Este ano, a declaração pré-preenchida trará informações de contas bancárias no exterior, e será disponibilizada aos contribuintes no dia primeiro de abril.

Segundo a Receita Federal, a expectativa é de que as declarações enviadas neste formato representam 57% do total em 2025, o que totaliza cerca de 26,3 milhões. Para ter o a essa modalidade, o contribuinte precisa ter conta ouro ou prata no Gov.br.

The post ASSISTA: Live do InfoMoney traz dicas e tira dúvidas sobre Imposto de Renda appeared first on InfoMoney.

]]>
2886162
‘Quem não tem culpa no cartório tem que defender a MI do INSS’ 4s4z3r diz Tabata Amaral /politica/quem-nao-tem-culpa-no-cartorio-tem-que-defender-a-mi-do-inss-diz-tabata-amaral/ <![CDATA[Carolina Freitas]]> Wed, 28 May 2025 08:00:00 +0000 <![CDATA[Política]]> <![CDATA[Câmara dos Deputados]]> <![CDATA[Congresso]]> <![CDATA[Eleições]]> <![CDATA[InfoMoney Entrevista]]> <![CDATA[São Paulo]]> /?p=2882884 <![CDATA[

Deputada federal fala ao programa InfoMoney Entrevista sobre PL da Anistia, projetos em tramitação no Congresso e planos para as eleições 2026

The post ‘Quem não tem culpa no cartório tem que defender a MI do INSS’, diz Tabata Amaral appeared first on InfoMoney.

]]>
<![CDATA[

No segundo mandato como deputada federal, a paulistana Tabata Amaral é uma das mais jovens e atuantes parlamentares do Congresso. Nos últimos dias, o nome dela ou a ser cogitado para a relatoria de uma possível Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (MI) do INSS.

Curadoria exclusiva, reportagens especiais e análises: assine a newsletter InfoMoney .

Ela afirma que a MI precisa garantir as investigações, doa a quem doer. “Na hora que a gente descobrir que tem alguém do Centrão envolvido, a gente vai ter coragem de dar prosseguimento? Eu tenho. E eu quero estar lá para garantir que isso aconteça e que não seja só uma arma para proteger os aliados”, garante a parlamentar, ao programa InfoMoney Entrevista.

Segundo ela, “quem não tem culpa no cartório tem que defender a criação da MI”. Mas a deputada diz não ter certeza ainda se a MI vai ser de fato instalada, porque esbarra em gente de vários partidos, gente poderosa, que quer abafar o caso.

Plano Nacional de Educação 3e1v6s

“Foi para transformar a educação que eu me candidatei pela primeira vez 7, 8 anos atrás, e ao longo desses últimos 6 anos e pouco, eu tive a alegria de conseguir vitórias importantes”, afirma Tabata.

Para o Plano Nacional de Educação, que define as diretrizes para os próximos dez anos, ela diz que precisa ter um olhar transversal.

Segundo a parlamentar, no Plano, é preciso pensar nos desafios que conectam todas as áreas, como ensino médio, educação técnica, primeira infância e valorização de professores, dentre outros temas.

PL da Anistia 69405e

“Você acha que quem arquitetou, financiou, planejou um golpe, uma tentativa de assassinato, deveria receber algum tipo de perdão numa democracia?” – A deputada Tabata Amaral é enfática em responder que “não”.

Ela reforça que é importante separar os envolvidos em dois grupos: os ditos comuns que estavam ali na Praça dos Três Poderes; e os que estavam arquitetando, financiando.

Segundo ela, o interesse maior dos políticos no Congresso é proteger os políticos, mas isso não tem respaldo da população.

“A Câmara não pode sair perdoando crime de político, suspendendo ação de político, olha o perigo, né? A gente está aqui falando de INSS, de corrupção, se a gente acha que é normal a Câmara perdoar crime de político, aí acabou o combate à corrupção nesse país,” alerta Tabata.

Eleições 2026 2l1u3i


A deputada diz que não será candidata ao governo de São Paulo e deve apoiar o candidato do PSB, Márcio França. Segundo ela, o PSB tem a responsabilidade de apresentar novas lideranças para o país.

“Por que não se preparar para um dia ter um candidato a presidente da República, como a gente teve no ado com Eduardo Campos? Para a gente sair dessa mesmice, para a gente olhar para a frente e construir o futuro”, argumenta.

Por isso, ela diz que deve sair candidata a deputada federal e trabalhar para aumentar a bancada do partido na Câmara.

Confira os principais trechos do InfoMoney Entrevista com a deputada federal Tabata Amaral:

InfoMoney – Existe uma articulação no Congresso para instalar uma MI do INSS. E o nome da senhora vem sendo citado como uma das possíveis indicações para a relatoria. Em que o Congresso pode colaborar nessa investigação?

Tabata Amaral – Quando a gente olha para esse escândalo, a gente está falando talvez de um dos maiores escândalos de corrupção da nossa história recente. Tanto pelo volume, são bilhões de reais que foram roubados, mas também pela crueldade. A gente está acostumado a ver escândalos de corrupção em que se tira dinheiro da saúde, da educação, dinheiro nosso, mas esse, ele tem uma crueldade a mais porque são pessoas específicas, com histórias, com luta, que foram roubadas ao longo dos anos.

Esse é um caso que ilustra muito o quanto a corrupção é apartidária nesse país, ou melhor, suprapartidária. Infelizmente, está aí da esquerda à direita.

Tem um grupo que se instalou ali no INSS, de acordo com o que a gente está vendo na investigação, na época do governo Temer, que foi quando essas fraudes começaram. Esse grupo se apoderou desse negócio e fez crescer exponencialmente durante o governo Bolsonaro. E aí troca o governo de Bolsonaro para Lula e esse grupo consegue se manter lá.

E aí você vê quantos governos de matizes ideológicas diferentes e um mesmo grupo instalado ali nas entranhas do poder para roubar as pessoas. O que aconteceu de diferente agora? A Polícia Federal e a Controladoria Geral da União (CGU), que são órgãos também do governo, fizeram um trabalho independente, trouxeram à tona tudo isso para dizer, olha, tem uma coisa que está acontecendo há seis anos que é muito grave, estão roubando os aposentados do nosso país.

Por que eu venho defendendo a MI? Porque a gente tem que sim devolver o dinheiro de quem foi roubado, mas tem que garantir que o Brasil não vai seguir sendo o país da impunidade, como infelizmente ele é.

É muito importante que a gente faça o debate político com as pessoas, que é o papel da MI, para explicar o que aconteceu. Quem é que sabia e não fez nada? Não é só quem roubou, é quem viu e não se manifestou. Como que esse grupo foi se mantendo ao longo dos anos? Até porque a gente já viu num ado recente escândalos de corrupção e investigações sérias serem usadas como arma política.

Precisamos de uma MI para a garantir que investigações, mas também que a responsabilização pública vai até a última consequência. Na hora que a gente descobrir que tem alguém do Centrão envolvido, a gente vai ter coragem de dar prosseguimento? Eu tenho. E eu quero estar lá para garantir que isso aconteça e que não seja só uma arma política para criticar ou para incriminar alguém que sim tem culpa no cartório, mas para proteger os aliados.

IM – Existiu uma expectativa, em Brasília de que a MI fosse algo para já e agora está se falando em começar a funcionar somente em agosto. Será que esse assunto ainda vai ter a força que tem agora lá em agosto?

TA – O que está em debate hoje é se a MI vai acontecer ou não. E aí o que eu venho trazendo para a mesa é a estratégia que a gente vê hoje. Tem uma parcela ligada ao bolsonarismo, à extrema direita, que está ignorando, escolhendo ignorar o fato de que esse negócio cresceu e se instalou no governo Bolsonaro para usar isso como uma arma política contra o governo Lula, que inclusive foi onde a Polícia Federal pôde trabalhar com independência. E aí qual vem sendo a reação de algumas alas do governo? Não, o que eles estão fazendo é um absurdo, eles querem usar isso como arma política, não pode ter MI.

Eu acho que isso é um erro estratégico. Quem não tem culpa no cartório, quem quer de fato que o negócio seja investigado, tem que defender a criação da MI. A MI não pode ser uma reivindicação apenas de uma ala do bolsonarismo que está vendo ali uma oportunidade político-eleitoral.

Se você me perguntar, Tabata, sinceramente, você acha que ela vai ser instalada? Eu não sei, porque esse negócio esbarra em gente de tanto partido, gente tão poderosa, que se a gente, – e não é só a gente parlamento, é sociedade e imprensa -, não continuar pressionando, o que eles querem é abafar o caso mesmo.

IM – Tem se falado da possibilidade da senhora ser relatora, houve alguma conversa nesse sentido?

TA -A única pessoa que falou comigo foi o senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), que chegou a defender numa conversa com jornalistas, e eu conversei com ele da forma transparente como eu estou falando com vocês, que obviamente eu ficaria muito honrada, tenho coragem, estou pronta, vamos pra cima. Mas ele tem a mesma leitura que eu, que a gente não está nesse estágio ainda, a gente ainda está num momento de convencer pessoas da esquerda e de direita sérias de que a MI não pode ser usada pelo bolsonarismo por razões eleitorais, e aí tem um segundo momento que é daqueles que não fazem parte desse esquema falar, a gente vai ter que brigar muito pra que ela seja instalada. A MI não interessa a boa parte dos meus colegas, e aí chegou o terceiro momento de entender quem é a melhor pessoa para presidência, quem é a melhor pessoa para relatoria. A gente precisa fazer esse debate, tem um longo caminho de convencimento e de pressão política para que não ponham panos quentes em mais essa questão.

IM – A senhora tem desempenhado um papel muito importante à frente da Comissão Especial do Plano Nacional de Educação. Qual é o principal desafio hoje para a educação no Brasil, na sua visão?

TA – A educação é minha vida, eu estou aqui por conta das oportunidades que eu tive na educação, desde bolsas de estudo que eu recebi, aos professores que me incentivaram. E a educação é a razão pela qual eu estou na política. Foi para transformar a educação que eu me candidatei pela primeira vez há sete, oito anos atrás, e ao longo desses últimos seis anos e pouco, eu tive a alegria de conseguir vitórias importantes. Desde conseguir aprovar o pé de meia, talvez o projeto mais estruturante que eu já tenha escrito, que hoje está permitindo que quatro milhões de jovens, por conta dessa poupança, dessa ajuda financeira, possam sonhar com uma faculdade, com um curso técnico; a lei de absorventes nas escolas; o marco do ensino técnico; a lei de conectividade; o novo Fundeb. Boas batalhas e boas vitórias também.

Mas agora com o PNE e com essa responsabilidade de presidir a comissão, que está escrevendo o plano, as diretrizes para a educação, para os próximos 10 anos, eu sinto que o que vai estar sendo exigido de mim é um olhar ainda mais transversal. Então, todo o trabalho que eu fiz voltado para o ensino médio, para a educação técnica, voltado para a primeira infância, agora a gente tem que olhar e pensar quais são os desafios que conectam todas essas áreas. Porque no plano de educação a gente fala desde conectividade, até valorização de professores, até educação de surdos, são todos os temas da educação, literalmente.

IM – Um assunto que está dominando a agenda do Congresso nos últimos dias é a tentativa da oposição de emplacar uma lei de anistia. A senhora acredita que os líderes e o presidente Hugo Motta vão conseguir barrar essa tentativa da oposição?

TA – Anistia virou uma palavra muito grande que significa muita coisa para gente muito diferente. Um primeiro ponto: o que aconteceu no dia 8 de janeiro no nosso país é muito grave. A tentativa de golpe, a tentativa de assassinato, que a gente sabe que hoje de fato foi encaminhada, foi para a rua. De Alexandre de Moraes, Lula, Alckmin, tudo isso é muito grave, tudo isso é crime.

Então a primeira coisa. Você acha que quem arquitetou, financiou, planejou um golpe, uma tentativa de assassinato, deveria receber algum tipo de perdão numa democracia? Não. Segunda coisa, o que os parlamentares estão defendendo quando eles falam de anistia, de perdão? É complexo, mas tem dois grupos principais.

Tem aqueles que querem, como sempre, proteger os políticos, proteger os poderosos e tem aqueles que de fato tem uma preocupação com os ditos comuns que estavam ali na Praça dos Três Poderes vandalizando tudo. E aí é importante separar esse grupo porque são sentimentos bem diferentes. Quando a gente fala de Bolsonaro, Braga Neto, de quem estava arquitetando, financiando, sabia de tudo, o sentimento da população, toda a pesquisa mostra isso, é que essas pessoas não deveriam ser perdoadas.

Aqui é onde eu acho que tem um interesse maior dos políticos, porque é político protegendo político, mas eles têm dificuldade porque não tem um respaldo da população, que é um pouco do que a gente está vivendo. A gente teve uma votação de um projeto escandaloso, inconstitucional, em que a Câmara, você viu isso, em 24 horas, votou lá um perdão para Ramagem, Braga Neto, Bolsonaro e aí, obviamente, o STF falou esse negócio é inconstitucional! A Câmara não pode sair perdoando crime de político, suspendendo ação de político, olha o perigo, né? A gente está aqui falando de INSS, de corrupção, se a gente acha que é normal a Câmara perdoar crime de político, aí acabou o combate à corrupção nesse país.

Do outro lado, a gente tem pessoas que acham, que quem estava ali na Praça dos Três Poderes fez vandalismo, fez coisa errada, tem que ter algum tipo de pena, mas tinha gente que não sabia o que estava acontecendo, que não participou do financiamento, essas pessoas não deveriam ter uma pena tão alta. Isso não interessa aos meus colegas, porque não são políticos, são pessoas comuns, muitas vezes, e é por isso que esse projeto eles não colocaram para votar, mas tem o sentimento da população de que tem algumas penas que estão muito altas, e aí o próprio STF está entendendo isso e está recuando nessas penas para serem menores, para serem trocadas por serviço e por aí vai.

IM – A senhora tem um projeto que amplia a licença-paternidade e o outro que cria o Pix Pensão. Num ambiente tão conflagrado, com um Congresso com perfil conservador, tem espaço para aprovar esse tipo de projeto?

TA – Tem. E tem que ter. Eu não vou aceitar que não tenha. Porque esse é um dos incômodos que eu tenho. Ficar debatendo a anistia de Braga Neto, Bolsonaro, Ramagem, isso é bom pra quem na população? Tirando essas pessoas que eu acabei de citar. Pra ninguém.

A gente precisa debater coisas que, de fato, mudam a vida das pessoas. Segurança pública. Quem é que consegue andar na rua com o celular na mão hoje em dia? Ninguém.

Vamos debater uma reforma para que a gente possa modernizar o Estado? Usar a tecnologia, valorizar os bons servidores, para os serviços serem bons? Vamos debater com qualidade de educação? Vamos falar de ensino técnico? Não é disso que querem falar. Mas é isso que pode mudar a vida das pessoas. E aí, olhando para experiência que eu tive nos últimos anos, eu venho conseguindo aprovar projetos bons, estruturantes, com apoio da esquerda e da direita.

Mas a minha maior dificuldade é que esses projetos levam três, quatro anos para serem aprovados. E olha que eu sou vencedora de prêmio por ser recordista de aprovar projeto. Mas porque o que é votado na calada da noite é um projeto horroroso, que aumenta o número de deputados, é outro projeto que quer livrar a pele de outro deputado, é só esse tipo de projeto.

Por exemplo, o Pé de Meia funciona, foi escrito por vários economistas, melhora o desenvolvimento econômico do país. Levei quatro anos para aprovar.

A lei de distribuição de absorventes é barata, é para nenhuma menina perder aula. Quatro anos para gente conseguir a implementação plena. Marco do ensino técnico, que é uma demanda dos nossos jovens, que traz inclusão. Quatro anos para aprovar o marco do ensino técnico. E, de novo, eu lembro que uma vez eu reclamei, porque eu estava na sanção do marco do ensino técnico, e eu, esse projeto é muito bom, e eu levei quatro anos. Aí um senador falou, Tabata, e o meu, que eu levei quarenta?

Eu sei que eu vou aprovar esses projetos. O Pix Pensão não tem custo nenhum para o Estado. Licença paternidade, a gente tem cinco dias, é menor do que o carnaval. Olha que loucura. Cinco dias, como é que a mãe se recupera em cinco dias? Como é que o pai aprende a cuidar daquela criança, constrói o vínculo? Tanto estudo mostrando que é bom para mãe, que consegue voltar para o mercado de trabalho, é bom pro pai, que melhora a saúde mental, é bom para criança, que fica mais protegida, mas não é prioridade no Brasil.

A gente está há quase 40 anos sem votar a regulamentação da licença paternidade. Vamos votar. Eu não me chamo Tabata se a gente não votar esse negócio.

IM – O governo anunciou mais um corte de gastos, chegou a anunciar um aumento de IOF e teve que recuar. A senhora acredita que tem ali uma bateção de cabeça, uma dificuldade de encontrar o rumo da economia?

TA – Acredito, está todo mundo vendo isso. E essa instabilidade é muito ruim para o nosso país. Esta questão da taxação do IOF, com recuo, a um sentimento para todo mundo de que a gente está sem direção, de que a gente não sabe o que esperar do dia seguinte. E aí tem uma coisa, quando a gente fala de contas: ajuste fiscal. Nesse nível federal, a gente sempre pode ficar buscando um ajuste, um corte, uma economia, mas as nossas contas, especialmente quando a gente olha para trajetória da nossa dívida pública, estão numa situação muito preocupante.

Não são pequenos ajustes que vão nos tirar dessa, é a gente ter coragem de fazer grandes debates. Quais são os grandes debates que a gente poderia estar fazendo? Tem um que está acontecendo e que a gente tem que acompanhar pzra ver o resultado, que é o da reforma do imposto de renda. Eu estou lá nessa comissão.

É um debate super importante. A gente tem um país em que o ultra rico paga menos imposto do que o pobre e menos imposto do que ele pagaria nos Estados Unidos, que é o país mais capitalista do mundo. É muito injusto.

Você vai aumentando a cobrança de imposto até um determinado nível, depois você vai caindo. Então, tem ali uma oportunidade de a gente tornar a tributação mais justa. E aí tem uma coisa que eu estou defendendo que é vamos ter coragem de cobrar imposto de quem é muito rico nesse país.

A gente tá falando aqui de quem tem renda de um milhão de reais por mês e que não paga nem 10% de imposto, enquanto quem recebe muito menos paga ali próximo de 27,5%. Agora, não é isso que o Congresso está querendo levar essa discussão. Tem que ter coragem.

Inclusive eu estou defendendo isso. Qualquer coisa que a gente consiga arrecadar mais tem que ser usada para diminuir o imposto sobre o consumo, que é muito alto nesse país. Isso é estruturante.

IM – A senhora se coloca como candidata ao governo de São Paulo?

TA – O nosso partido, o PSB, tem um pré-candidato ao governo de São Paulo que é Márcio França. A gente sabe que não é uma eleição fácil. Mas ele está preparado, já foi governador, tem time. Então, hoje o PSB tem um pré-candidato que é o Márcio que vai ter todo o meu apoio.

IM – A senhora participou de uma campanha extremamente atípica no ano ado. Teve cadeirada, soco, gente saindo sangrando de debate. A senhora, inclusive, foi alvo de uma fake news envolvendo a memória do seu pai. O que a gente pode vislumbrar em termos de clima para as eleições do ano que vem?

TA – Primeiro, eu queria provocar quem está nos acompanhando a entender por que a eleição de São Paulo foi do jeito que foi. Eu me lembro de um debate específico que foi o do Flow, em que meus adversários se saíram especialmente mal.

Pablo Marçal (ex-candidato a prefeito de São Paulo) deixou muito claro que não sabia do que estava falando, que não tinha respeito pelas pessoas. O prefeito não conseguiu se controlar, atacou uma eleitora, defendeu tirolesa para pessoa com deficiência. Foi um debate que eu olhei para o lado e falei não, não é possível. Essas pessoas não têm respeito por quem mora na nossa cidade. E aí terminou o debate e eu falei não, não é possível.

A gente estava crescendo, eu muito desconhecida ainda, então tinha um desafio de me apresentar. E aí nos últimos três segundos do debate, um assessor do Marçal dá um soco num assessor do Nunes. E ali eu entendi tudo. E eu falei, é isso.

Eles sabem que quem acompanhou o debate viu que eles não têm a menor condição de serem prefeitos da nossa cidade. Mas eles também sabem que muita gente não viu o debate. E só vai ver o que repercutiu no WhatsApp e na rede social.

Então na hora que tem um soco, planejado ou não, eles conseguem o que eles queriam. Ninguém ia falar da tirolesa que o prefeito defendeu para pessoa cadeirante. Ninguém ia falar do despreparo e desrespeito do Marçal. Todo mundo só ia compartilhar o vídeo do soco.

E aí eu saí daquele debate, inclusive falando uns palavrões que repercutiram bastante, mas porque meu sentimento foi esse. É um grande circo para que as pessoas não vejam o que está acontecendo, não vejam o que está em jogo, para que o eleitor seja manipulado.

Marçal fez inúmeros anúncios, ou seja, ele colocou muito dinheiro para que o seu conteúdo chegasse em mais pessoas, e isso nunca foi declarado. É dinheiro sujo. É caixa 2, no mínimo. Uma outra coisa que ele fez foi promover uma competição no Discord, em que ele pagou com dinheiro vivo as pessoas pra divulgarem o seu conteúdo. Isso é criminoso. Não é à toa que ele está inelegível agora.

No mundo físico você tem regra. 30 segundos de réplica. 45 segundos de tréplica. Fez um material de campanha, tem que declarar quem é que pagou, como pagou. Só que tem o mundo digital, que é ainda mais importante, que está sem regra nenhuma.

E aí está tendo essa desvirtuação do debate físico para seguir a lógica do mundo digital, porque não tem regra, é terra sem lei. Então, enquanto for uma terra sem lei, as eleições vão sendo distorcidas. É por isso que eu defendo regulamentação da rede social.
Não de conteúdo, mas de algoritmo.

Eu quero saber se a plataforma está direcionando mais um candidato do que o outro. Porque isso é ilegal. Eu quero saber se tem dinheiro sujo entrando na plataforma e não sendo declarado. E a gente não está conseguindo enfrentar isso hoje.

The post ‘Quem não tem culpa no cartório tem que defender a MI do INSS’, diz Tabata Amaral appeared first on InfoMoney.

]]>
2882884
B3 lança primeiro ETF híbrido do Brasil 56405h com mix de renda fixa e variável /onde-investir/b3-lanca-primeiro-etf-hibrido-do-brasil-com-mix-de-renda-fixa-e-variavel/ <![CDATA[Carolina Freitas]]> Tue, 13 May 2025 19:08:34 +0000 <![CDATA[Onde Investir]]> <![CDATA[B3]]> <![CDATA[ETF]]> <![CDATA[Imposto de Renda]]> <![CDATA[Receita Federal]]> <![CDATA[Renda Fixa]]> <![CDATA[Renda Variável]]> /?p=2864349 <![CDATA[

Produto combina 80% de renda fixa e 20% de renda variável, oferecendo proteção contra a inflação e o ao mercado internacional

The post B3 lança primeiro ETF híbrido do Brasil, com mix de renda fixa e variável appeared first on InfoMoney.

]]>
<![CDATA[

A B3, bolsa de valores brasileira, anunciou nesta terça-feira (13) o lançamento do primeiro ETF (Exchange Traded Fund) Híbrido do país, que será composto por 80% de renda fixa e 20% de renda variável. A parte de renda fixa é baseada em títulos públicos com rentabilidade atrelada ao IPCA, enquanto a renda variável inclui ações do S&P 500, um importante indicador do mercado norte-americano.

Leia também: Quanto você teria se tivesse investido na Itaúsa (ITSA4) há 5, 10 ou 15 anos?

De acordo com Thalita Forne, superintendente de Produtos da B3, o novo ETF combina características de diferentes modalidades de investimento e, assim, proporciona aos investidores proteção contra a inflação e exposição ao mercado internacional. O produto foi lançado pela gestora Itaú Asset durante uma cerimônia na B3 e será negociado sob o ticker GOAT11.

Leia também: Negociação de ETFs Globais dispara 118% em março na B3

Como a renda fixa é predominante na composição do ETF, a tributação será conforme as regras da Receita Federal, aplicando a alíquota do Imposto de Renda sobre a renda fixa.

Os ETFs são fundos de investimento negociados em bolsa que buscam replicar o desempenho de índices específicos, permitindo aos investidores o a ativos no exterior sem a necessidade de abrir conta fora do Brasil, podendo ser adquiridos em reais por meio de corretoras credenciadas à B3.

The post B3 lança primeiro ETF híbrido do Brasil, com mix de renda fixa e variável appeared first on InfoMoney.

]]>
2864349
Eduardo Leite se filia nesta sexta 2f3351 feira ao PSD de Kassab em ato em São Paulo /politica/eduardo-leite-se-filia-nesta-sexta-feira-ao-psd-de-kassab-em-ato-em-sao-paulo/ <![CDATA[Carolina Freitas]]> Thu, 08 May 2025 20:34:34 +0000 <![CDATA[Política]]> <![CDATA[Eduardo Leite]]> <![CDATA[Gilberto Kassab]]> <![CDATA[Podemos]]> <![CDATA[PSD]]> <![CDATA[PSDB]]> <![CDATA[Rio Grande do Sul]]> <![CDATA[Tarcísio de Freitas]]> /?p=2859066 <![CDATA[

Governador gaúcho está de saída do PSDB, partido a que estava ligado há 24 anos

The post Eduardo Leite se filia nesta sexta-feira ao PSD de Kassab em ato em São Paulo appeared first on InfoMoney.

]]>
<![CDATA[

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, vai se filiar nesta sexta-feira (9) ao PSD, partido comandado por Gilberto Kassab. O InfoMoney apurou que o gaúcho participa de cerimônia em São Paulo, na sede do partido, com a presença de Kassab. O ato está marcado para as 15h. As informações foram confirmadas pelo PSD.

Leia também: De saída do PSDB, Eduardo Leite mira candidatura presidencial: ‘Me sinto preparado’

Leite deixa o PSDB depois de estar ligado ao partido por 24 anos, desde o início de sua vida política. De perfil articulador, Kassab fundou e preside o PSD e ocupa hoje a secretaria de Governo e Relações Institucionais do governo Tarcísio de Freitas, em São Paulo.

Ao InfoMoney Entrevista, Leite disse que sairia do PSDB por entender que a sigla “deixa de existir” no seu formato original após a direção tucana anunciar uma fusão com o Podemos.

O governador afirmou que a definição de seu novo partido estaria conectada com os planos presidenciais dele. “Quando eu sento para conversar sobre o meu destino político, estou discutindo também a construção de uma candidatura presidencial. Eu tenho a aspiração pessoal, eu tenho disposição e me sinto preparado para liderar uma candidatura.”

The post Eduardo Leite se filia nesta sexta-feira ao PSD de Kassab em ato em São Paulo appeared first on InfoMoney.

]]>
2859066
União não anistiou dívidas do Rio Grande do Sul após enchentes 4p6f2l reclama Leite /politica/uniao-nao-anistiou-divida-do-rio-grande-do-sul-apos-enchentes-reclama-leite/ <![CDATA[Carolina Freitas]]> Thu, 08 May 2025 17:45:15 +0000 <![CDATA[Brasil]]> <![CDATA[Política]]> <![CDATA[Dívida]]> <![CDATA[Dívida dos Estados]]> <![CDATA[Eduardo Leite]]> <![CDATA[enchentes]]> <![CDATA[reconstrução]]> <![CDATA[Rio Grande do Sul]]> <![CDATA[União]]> /?p=2856702 <![CDATA[

Governador esperava um acordo melhor do que o abatimento dos juros da dívida; Leite diz que estado está se recuperando fortemente e que o RS é o terceiro maior gerador de empregos em 2025

The post União não anistiou dívidas do Rio Grande do Sul após enchentes, reclama Leite appeared first on InfoMoney.

]]>
<![CDATA[

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, está no segundo mandato e istra um dos estados mais endividados do Brasil. O governo dele fez reformas para enxugar despesas, mas, mesmo assim, o estado ainda tem uma dívida de mais de R$ 100 bilhões com a União.

O governador aposta nos resultados da gestão, que também enfrentou uma das maiores calamidades climáticas do ano ado, para se colocar como pré-candidato à Presidência da República.

O desafio de gerir a dívida do Rio Grande do Sul foi um dos temas do InfoMoney Entrevista com o governador. “Quando assumi, o estado estava com uma liminar, sem pagar a dívida e, mesmo assim, atrasando pagamentos, salários, hospitais e tudo mais” afirmou.

Segundo Leite, o governo dele reduziu de 80% a despesa total com a folha de pagamento sobre a receita corrente líquida para 60% e estava aumentando o pagamento para a União antes da enchente.  

O governador reclamou na entrevista que a União não anistiou esse valor — que será pago — embora tenha aberto mão dos juros. “O Estado vai pagar, com a correção da inflação, este valor que hoje está sendo investido nas ações de reconstrução”, disse. Mas Leite insiste que esta não foi uma solução ideal.

Além do Rio Grande do Sul, o Brasil tem outros três estados que respondem por 70% da dívida para com a União: São Paulo – com maior valor nominal – Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Segundo o governador, agora, a União sancionou o Propag – um novo programa de pagamento das dívidas -, que ameniza, mas não resolve o problema. “Ao invés de pagarmos R$ 10 bilhões, lá em 2031, como pagaríamos no formato atual do contrato, vamos pagar 7 bilhões”, exemplifica.

A boa notícia, de acordo com Leite, é que o estado está se recuperando fortemente. “No ano ado, o Rio Grande do Sul cresceu 4,9%, mais do que o crescimento do Brasil, apesar das enchentes. E, nos três primeiros meses deste ano, fomos o terceiro estado em geração de empregos no Brasil”, acrescentou o governador.

Leite disse estar confiante no futuro do estado, que está no rumo cero, mesmo com os desafio. “Tem toda uma agenda de reforma da máquina pública”, afirma. Leite cita nessa agenda privatizações, concessões de estradas, de parques e de escolas à iniciativa privada para aumentar o investimento privado no Rio Grande do Sul.

The post União não anistiou dívidas do Rio Grande do Sul após enchentes, reclama Leite appeared first on InfoMoney.

]]>
2856702
Leite afirma que o Rio Grande do Sul ainda está se recuperando 213g6m um ano após enchentes /politica/leite-afirma-que-o-rio-grande-do-sul-esta-se-recuperando-apos-as-enchentes/ <![CDATA[Carolina Freitas]]> Thu, 08 May 2025 13:12:31 +0000 <![CDATA[Brasil]]> <![CDATA[Política]]> <![CDATA[calamidade]]> <![CDATA[Eduardo Leite]]> <![CDATA[enchentes]]> <![CDATA[Investimento]]> <![CDATA[Prevenção]]> <![CDATA[Rio Grande do Sul]]> /?p=2855756 <![CDATA[

Ao InfoMoney Entrevista, Eduardo Leite afirmou que o Rio Grande do Sul pode se tornar um exemplo para Brasil na prevenção de calamidades

The post Leite afirma que o Rio Grande do Sul ainda está se recuperando, um ano após enchentes appeared first on InfoMoney.

]]>
<![CDATA[

Um ano após as enchentes históricas que arrasaram o Rio Grande do Sul, o estado ainda sofre as consequências da catástrofe climática. Durante o período das enchentes, 95 municípios gaúchos entraram em calamidade e mais de 300 em situação de emergência. Em todo o estado, 600 mil pessoas ficaram fora de casa e 80 mil pessoas em abrigos.

Ao programa InfoMoney Entrevista, o governador do estado, Eduardo Leite, afirmou que aquele “foi um momento dramático para os gaúchos. Nós sofremos muito com perdas de vidas, com pessoas que estão desaparecidas ainda, e, claro, com todas as cidades que foram impactadas.”

Segundo dados da Defesa Civil do estado, 184 pessoas morreram da tragédia e 25 seguem desaparecidas.

À frente do governo do estadual, Eduardo Leite teve que assumir a missão de recuperar o estado. “É um desastre de proporções nunca antes vistas no Brasil, nessa dimensão de impacto de municípios, de empresas, de casas atingidas. “Pelo menos, 94% dos bloqueios rodoviários já foram resolvidos. A gente está fazendo agora investimentos para tornar as nossas rodovias mais resilientes”, informou ao InfoMoney Entrevista. Obras de infraestrutura importantes, como diques, no entanto, ainda estão em fase de estudo ou projeto.

Plano Rio Grande 2ndt

Segundo Leite, a boa notícia é que o estado está superando e tem um plano, que é o Plano Rio Grande, com uma série de iniciativas que foram estabelecidos para a reconstrução.

Depois da tragédia, o estado ou a investir no planejamento dos sistemas de proteção contra as cheias e na ampliação da capacidade de resposta para preservar as vidas. O governador prometeu um sistema de prevenção mais robusto, que pode se tornar um exemplo para o Brasil, em termos de estrutura de sistema de diagnóstico e de preparação para eventuais novos desastres.

“Eu tenho certeza absoluta que, ao longo dos próximos anos, o Rio Grande do Sul vai poder ser um bom exemplo a todos os Estados brasileiros de como estar preparado e ter a capacidade de resposta. Porque aconteceu com o Rio Grande do Sul dessa vez. Mas poderá acontecer ali na frente com outros estados”, alerta

O governador diz que a União fez um aporte numa conta específica, num fundo que vai financiar esses sistemas de proteção no Estado. Alguns projetos já estão mais adiantados e ouros ainda em fase de estudos.

A entrevista completa você assiste no canal do InfoMoney no Youtube.

The post Leite afirma que o Rio Grande do Sul ainda está se recuperando, um ano após enchentes appeared first on InfoMoney.

]]>
2855756